O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), divulgou nesta quarta-feira, 22, o boletim nº 3 com o objetivo de apresentar o monitoramento, previsões e os possíveis impactos do fenômeno ‘’El Niño’’.
De acordo com o boletim, o pico de intensidade ocorre entre os meses de dezembro de 2023 e janeiro de 2024, indicando a continuidade do fenômeno nos próximos três meses, garantindo a permanência durante o primeiro semestre de 2024.
Entenda o fenômeno
O fenômeno envolve tanto fatores atmosféricos quanto oceânicos. O aquecimento das águas do oceano Pacífico, especialmente, próximo à costa peruana, é o ponto de partida para todo esse calor.
As condições observadas desde junho, indicavam a alta temperatura da superfície do mar mostrando uma grande faixa de águas quentes em grande parte do oceano, que trazem efeitos diversos, como inundações na região Sul, e extrema seca na região Norte.
Como ficam as temperaturas no Acre e no restante do Brasil?
Segundo o Inmet, a previsão para dezembro, deste ano, é que os níveis de água no solo continuem baixos em toda região Norte, devido a redução das chuvas e seus acúmulos.
No Acre, as vazões apresentaram curtos episódios de elevação nos rios e, nos últimos quatro meses, o Rio Acre, na capital, esteve apenas quatro dias com o nível acima da cota de dois metros. Essa situação de seca afeta principalmente os ribeirinhos, que conviveram com dificuldades de transporte de sua produção.
Os dados ainda informam que a previsão climática para todo o Brasil, durante os próximos meses de dezembro a fevereiro, será com maior probabilidade de chuva, mas bem abaixo da faixa normal esperada para região Norte e, consequentemente, no Acre.
É importante salientar que, de setembro para outubro, o monitoramento de secas indicou o agravamento e até o surgimento de áreas de seca extrema no Estado do Acre, que decretou situação de emergência devido à extrema seca, em outubro de 2023.
A pesquisa é uma parceria do Inmet com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastre (Cenad).
Por Walace Gomes – Estagiário em Supervisão