O pai do jovem Fernando Junior Moraes Roca, de 25 anos, que foi degolado por uma linha chilena, em outubro, em Rio Branco, discutiu, na manhã desta sexta-feira, 10, com o presidente da Associação de Pipeiros do Acre, Aldecino Fernandes da Silva. (Vídeo ao final da matéria)
O caso aconteceu antes do início de uma audiência pública, na Câmara de Rio Branco, para debater sobre a prática de soltar pipas em espaços públicos da capital, bem como o uso do cerol.
“Quem solta pepeta com linha de cerol deve ser preso, pois, assim com aconteceu com o meu filho, pode acontecer com outras pessoas. Nossa dor será infinita, só a gente sabe a dor que estamos sentido. Nossa família sofre todos os dias! Vocês não podem soltar pipa nas ruas, vocês não trabalham, não têm uma ocupação na vida. Quem matou meu filho tem que estar atrás das grades”, desabafou o pai, que também se chama Fernando.
Aldecino, o presidente da Associação dos Pipeiros, disse entender a dor da família, mas salientou que a culpa não é dos pipeiros. “Já havíamos alertado ao poder público sobre essa questão, que alguém poderia sofrer um acidente com a linha chilena, o que, infelizmente, aconteceu com o Fernandinho. A gente, da associação, não utilizamos cerol. Queremos um espaço próprio para soltar pipa e que as autoridades se atentem a essa questão, ou podem acontecer outras tragédias”, disse Aldecino.
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