Por CNN
Vice-campeão do Mr. Olympia 2023, o brasileiro Ramon Dino foi o entrevistado do Podcast Inteligência Ltda. O “Dinossauro do Acre”, como é conhecido, contou sobre a infância em Rio Branco e lembrou dos tempos em que se dedicava a outras modalidades.
“Sempre gostei muito de esporte. Jogava bola na rua, na frente de casa, dava dedada no asfalto… eu lutava capoeira na escola, gostava de artes marciais”.
Ramon Dino fala com orgulho sobre a época de preparação para seu primeiro Mr. Olympia, em 2018. Sem patrocínio, ele teve que se desdobrar para conseguir viajar para São Paulo, onde aconteceria a competição. A questão financeira atrapalhava até mesmo a alimentação do jovem atleta.
“Meus amigos no Acre me ajudavam a vender rifas, eu vendia minhas coisas pra comprar minha refeição. Não conseguia comprar peixe, filé, nada, só arroz e ovo. Todos os dias eu ia na banca de um senhorzinho e comprava ovo fiado. Com o dinheiro das rifas consegui pagar as passagens e o hotel pra competir. Se você realmente acredita nos seus sonhos, mete o pé. Tudo o que é difícil depois tem as recompensas”, disse o fisiculturista.
No Mr. Olympia deste ano, Ramon Dino foi o vice-campeão. Na final, o brasileiro foi derrotado pelo canadense Chris Bumstead, o CBum. Mesmo passando tão perto do título inédito, Dino respeita e aceita o veredito.
“Super entendo o resultado. Todo mundo viu nosso trabalho, respeitaram a gente. O CBum tem muito mais anos de palco que eu. A arbitragem está falando que ele ganhou. A gente tem que concordar. Ele levou nos detalhes. Não tenho vergonha em dizer.”
Em um momento descontraído da entrevista, Ramon Dino foi perguntado sobre um tema que é tabu no esporte em geral: sexo. Com muita naturalidade, ele foi sincero ao responder.
“O sexo atrapalha um pouco. Se você fizer antes, tem um desgaste. O treino não rende. Em um dia de treino de pernas, eu cheguei “aquecido”, achando que ia detonar, mas a falha vinha antes… ”
Ramon Dino revela que aprendeu com o tempo a não cometer “erros” que prejudiquem seu desempenho nas competições. “Eu sempre deixo pra depois, mesmo quebrado”, completou o maior fisiculturista do Brasil.