O baixo nível do Rio Acre, na Capital, continua preocupando a Defesa Civil municipal. Nesta sexta-feira, 3, o manancial registrou 1,51 metro, menos da metade do notificado no mesmo período do ano passado, 3,12 metros. Em pleno mês de novembro, o rio apresenta enormes bancos de areia. Situação só vista em 2014, quando o acreano viveu os dois extremos saindo da maior estiagem para a maior cheia em 2015.
Segundo o órgão de proteção, a seca severa impacta negativamente em uma série de fatores. Com a crise hídrica, navegar pelo manancial só se for com embarcações de pequeno porte. A Defesa Civil vem monitorando esse cenário, que pode prejudicar ainda mais os produtores rurais. A bacia leiteira, a produção de carne e a piscicultura devem ser afetadas de forma significativa.
“Além desse prejuízo na zona rural, também nós temos o prejuízo na zona urbana com ameaça constante desabastecimento nos domicílios. Além disso, no mês de outubro aumentou os focos de calor dada a estiagem prolongada. Essa não é uma situação específica da cidade de Rio Branco. Outras capitais da região Norte estão passando por problema idêntico”, frisou o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão.
O gestor também ressaltou que existe a possibilidade da seca se estender até a segunda quinzena de dezembro. Habitualmente, por essa época do ano, o rio era para estar no mínimo com três metros.
Falcão enfatizou que a Operação Estiagem está em curso desde o dia 17 de julho. “Estamos abastecendo com caminhões pipas pelo menos 27 comunidades rurais, e, a partir de agora, vamos ampliar para 30. Um montante de quase 18 mil pessoas receberão água potável. Também estamos monitorando o abastecimento na zona urbana, juntamente com o Saerb. Essa é uma situação que deve chamar atenção de todos, inclusive da própria Câmara Municipal, porque o prefeito tem um projeto de buscar água no subsolo, além do rio. Temos previsão de que em 2024, a seca possa ser até mais relevante que a deste ano”, concluiu o coordenador.