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TJAC assina protocolo que busca implantar Política Antimanicomial no estado

TJAC assina protocolo que busca implantar Política Antimanicomial no estado

Fotos: Elisson Magalhães

O Tribunal de Justiça do Acre, por meio da Escola do Poder Judiciário (ESJUD), promoveu nesta terça-feira, 31, o curso “Política Antimanicomial do Poder Judiciário – Justiça e Direitos Públicos”. A ação educacional tem a finalidade de aprimorar e instrumentalizar a atuação de magistradas, magistrados e de toda a rede de justiça na observância do direito constitucional à saúde, com atenção às pessoas privadas de liberdade ou submetidas à medida socioeducativa.

Na oportunidade, foi assinado o Protocolo de Intenções para Implantação da Resolução CNJ nº 487, que trata da Política Antimanicomial, entre o TJAC, Ministério Público do Estado do Acre, Defensoria Pública do Acre, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AC), Governo do Acre e Município de Rio Branco.

TJAC assina protocolo que busca implantar Política Antimanicomial no estado
TJAC assina protocolo que busca implantar Política Antimanicomial no estado
TJAC assina protocolo que busca implantar Política Antimanicomial no estado
TJAC assina protocolo que busca implantar Política Antimanicomial no estado
TJAC assina protocolo que busca implantar Política Antimanicomial no estado
TJAC assina protocolo que busca implantar Política Antimanicomial no estado

A Política Antimanicomial pretende fortalecer ainda uma ação multidisciplinar de atenção e cuidado à pessoa com transtorno mental ou deficiência psicossocial em conflito com a lei com foco na garantia do direito à saúde e aos direitos humanos, na primazia do cuidado em liberdade.

Em seu pronunciamento, a presidente do TJAC, desembargadora Regina Ferrari, enfatizou que a formação em “Política Antimanicomial do Poder Judiciário – Justiça e Direitos Humanos” é crucial para que se possa efetivamente implementar a Resolução do CNJ.

“Ela preparará os profissionais do Direito, magistrados e servidores para compreenderem a complexidade das questões de saúde mental, os direitos dos indivíduos que enfrentam tais desafios e os mecanismos legais que devem ser adotados para garantir o cumprimento das diretrizes propostas”, disse.

Além disso, segundo a presidente, essa formação também fornecerá as ferramentas necessárias para que o Poder Judiciário atue como um agente de transformação social, promovendo uma sociedade mais justa e inclusiva, na qual as pessoas com transtornos mentais sejam tratadas com respeito e dignidade, recebendo o suporte necessário para sua recuperação e reintegração na sociedade.

“É fundamental compreendermos que a justiça deve ser acessível a todos, independente de sua condição de saúde mental. A formação em questão nos permitirá atuar de forma mais eficaz na defesa dos direitos desses indivíduos, promovendo a desinstitucionalização e a construção de alternativas terapêuticas que respeitem a autonomia e a liberdade das pessoas”, ressaltou.

Representando a direção da ESJUD, o coordenador científico da atividade, juiz de Direito Cloves Ferreira destacou que o curso encontro pretende reforçar compromissos institucionais para a construção de meios e estruturas que repensem e transformem efetivamente o modelo de cuidado em saúde das pessoas acometidas por transtornos mentais e que estejam em conflito com a lei.

“Tenho certeza de que a qualidade dos nossos palestrantes com o tema, sairemos com um conhecimento mais aprofundado sobre o assunto para que possamos transformá-lo em realidade”, disse Cloves.

O juiz de Direito Robson Aleixo, membro do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF), fez a abertura do curso com a apresentação “Multiplicação: Seminário Internacional de Saúde Mental: possibilidades para a efetivação da política antimanicomial na interface com o Poder Judiciário”.

“Esse seminário que participei foi bastante motivador. Tive um sentimento de antes e do depois dessa atividade. Ouvi muito as pessoas que passam por acompanhamento, outras que possuem a violação de seus direitos”, comentou.

Estavam presentes na atividade em busca de conhecer a Resolução CNJ nº 487, eram as acadêmicas de Direito, Kassiane Fernandes e Gabriela França. De acordo com elas, o curso “Política Antimanicomial do Poder Judiciário – Justiça e Direitos Públicos”  foi apresentado pela coordenadora e elas viram uma oportunidade de se aprofundarem no assunto.

“Quero saber os caminhos dessa resolução e como será implantado aqui no Estado”, disse Gabriela, enquanto Kassiane complementou “gostar do assunto e querer saber dos procedimento”.

O curso foi conduzido por Haroldo Caetano, promotor do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) e integrante do GT CNJ Ximenes Lopes, além de idealizador do Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator (Paili). Também pelo juiz de Direito Luís Nigro, coordenador-executivo do Programa PAI PJ do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e integrante do GT CNJ Ximenes; e Flávia Oliveira, defensora pública na Defensoria Pública do Estado do Acre, com atuação no primeiro atendimento e subnúcleo de DH 2 da Defensoria, e a defensora pública Juliana Biazze que falou sobre saúde mental e socioeducação. Houve também a participação do diretor do Hospital Mental do Acre (Hosmac), Marcos Araripe, que sobre o papel da unidade de saúde mental.

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