A juíza da Luana Cláudia de Albuquerque Campos, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco, decidiu mandar o ex-sargento da Polícia Militar (PM) do Acre, Erisson de Melo Nery, a júri popular. Ele é acusado de assassinar o jovem Fernando de Jesus, de 13 anos.
O crime teria ocorrido em 2017, quando o ex-policial teve a casa invadida pelo adolescente e outros dois homens. Estes pularam o muro da residência, mas deixaram o menino para trás, ocasião em que ele teria sido alvejado por seis tiros disparados pelo ex-PM.
Em sua denúncia, o Ministério Público (MPAC) argumenta que Erisson fez justiça com as próprias mãos. Além disso, ele responde por fraude processual, pois teria alterado a cena do crime para parecer que disparou em legítima defesa. Para isso, segundo a perícia, o ex-sargento colocou uma arma de fogo na mão do adolescente já morto.
Outro policial, Ítalo de Souza Cordeiro, teria participado da fraude (mas não do assassinato) e, por isso, responde a processo semelhante. Ambos os réus estão em liberdade.
Erisson ficou conhecido em todo o estado por manter, de forma consentida, relacionamento amoroso com duas mulheres. Ele chegou a ficar quase dois anos preso, mas foi solto em agosto deste ano e passou a usar tornozeleira eletrônica.