O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) no Acre, ex-deputado Daniel Zen, emitiu nota à imprensa, nesta segunda-feira, 6, para esclarecer sobre os boatos de que o PT estaria buscando uma aliança com o governador Gladson Cameli e o Progressistas, para as eleições de 2024, em prol de fortalecer a candidatura de ex-petista, atual MDB, Marcus Alexandre.
A informação da aliança PT, PP e MDB passou a circular, após declarações dadas pelo ex-presidente do Partido dos Trabalhadores no Estado, Cesário Braga, que tem feito questão de enfatizar a sua simpatia pela possível chapa Marcus Alexandre e Alysson Bestene, na disputa pela Prefeitura de Rio Branco.
“Tradicionalmente, só quem fala em nome do PT são os seus presidentes. Em nome do PT Nacional, a deputada federal Gleisi Hoffmann; em nome do PT do Acre, o ex-deputado estadual Daniel Zen; em nome do PT de Rio Branco, a sua atual presidenta, Selma Neves. E assim sucessivamente em cada município do nosso Acre. Qualquer outra declaração deve ser vista como a opinião isolada de um militante – e todos tem o direito de se manifestar – mas não como a posição institucional do partido que, a propósito, faz parte de uma Federação que conta com mais dois partidos. Aliás, para se chegar a uma posição como essa, em um partido como o PT, é necessário um longo processo de debates e deliberações. Não se chega a uma posição assim de forma individual, isolada e nem da noite para o dia”, afirmou Zen.
Quantos aos movimentos de Cesário, o presidente salientou que não há deliberação do PT do Acre sobre aliança eleitoral com Gladson Cameli.
“O Cesário é um bom companheiro, militante e dirigente partidário. E tem procurado fazer um bom trabalho à frente da Superintendência Estadual do MDA aqui no Acre. Não vejo problema algum em que sejam promovidas reuniões de aproximação e de alinhamento institucional entre o Governo do Estado e o Governo Federal. Isso é positivo para o Acre e sua população, que esperam por bons resultados. O que não se pode é confundir um alinhamento institucional entre governos – saudável, desejável e positivo – com aliança político-eleitoral. Respeitamos o governador Gladson Cameli, mas, ao menos em princípio, não há deliberação do PT do Acre sobre aliança eleitoral com ele, que isso fique bem claro”, disse.
Zen continua a nota afirmando que: “em se tratando de alianças políticas em torno da formação das chapas majoritárias, visando as eleições de 2024, penso que, aqui em Rio Branco, quem deve conduzir e opinar sobre esse processo é o pré-candidato que apoiamos e o seu respectivo partido, no caso, o Marcus Alexandre e o MDB. Se ele desejar uma aliança com Gladson e com o PP, é ele quem deve dizer e procurar construir isso, não o PT. O PT não vai se colocar como obstáculo, mas também não vai se colocar na condição de fiador disso. Se for o caso, eles que se entendam.”
Quanto ao cenário de 2024, o petista é enfático. “Nessas eleições de 2024, aqui em Rio Branco, nós do PT seremos apenas aliados. E aliado participa da aliança na condição de convidado. Quem dá o tom na construção da aliança não são os convidados e sim quem convida.”