O deputado federal Roberto Duarte (Republicanos) fez duras críticas ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) deste ano. Em seu pronunciamento, o parlamentar abordou a polêmica em torno das questões objetivas da prova que trataram do agronegócio, questionando a possível ideologia por trás delas.
O centro da discussão se concentrou na questão 89 da prova branca, que gerou debates acalorados nas redes sociais. O deputado argumentou que a questão adotou uma postura ideológica de criminalização do agronegócio. Segundo ele, era evidente, com termos como “mecanização pesada”, “pragatização” de seres humanos e não humanos, “violência simbólica”, “superexploração”, “chuvas de veneno” e “violência contra a pessoa.”
Além disso, a questão 70 seguia a mesma linha ao afirmar que o avanço da cultura da soja estava relacionado ao desmatamento na Amazônia, sem respaldo científico reconhecido, segundo o deputado.
Roberto Duarte destacou o trabalho de produtores rurais e técnicos no Cerrado, que têm transformado terras improdutivas em produtivas e melhorado as condições do solo, entre outros benefícios. Também apontou que o papel do agronegócio na Balança Comercial Brasileira foi negligenciado, enquanto a questão parecia promover a visão de que o setor é destrutivo e atrasado.
“Aparentemente, este é o único país em que o seu próprio governo federal propaga desinformação sobre a principal atividade econômica e de produção de riqueza, renda e empregos. O que o ENEM promoveu foi a criminalização de uma atividade econômica legal e que gera emprego e renda para a população. A vinculação de crimes à atividade legais no Brasil é um critério de retórica política para encobrir a ausência do Estado no desenvolvimento de políticas”, destacou.