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Acreana participará de campeonato nacional de poesia com chances de se classificar para evento internacional

Acreana participará de campeonato nacional de poesia com chances de se classificar para evento internacional

O Torneio Nacional Singularidades de Poesia acontece nos dias 16 e 17 de novembro, em São Paulo, e contará com representantes vindos de 15 Slams diferentes ao redor do país. Natielly Castro foi vencedora do Slam das Minas e vai representar o Acre na competição nacional. 

Os Slams fazem parte do movimento de cultura urbana, ligado à poesia, onde as pessoas recitam seus trabalhos e disputam para saber quem teve a melhor performance.

A vencedora da competição terá a oportunidade de participar do Slam Latines, que contará com a presença do Brasil e mais 9 países. O evento acontecerá nos dias 18 e 19 deste mês. 

A Coletiva Slam das Minas Acre, da qual Natielly é conhecida como Natidepoesia, é um espaço de potência criativa de mulheres e pessoas LGBTQIAP+, que trabalha a formação, incentivo, e continuação do movimento de poesia marginal, usando como principal instrumento o Slam, colocando em foco as questões de gênero e acesso, dentro das atividades da coletiva, como ela mesma explica.

Acreana participará de campeonato nacional de poesia com chances de se classificar para evento internacional
Cartaz do evento Torneio Nacional Singularidades de Poesia

Natidepoesia fala um pouco sobre como é poder representar o Acre com sua arte em âmbito nacional. “Estar nesse lugar, principalmente de representação da Slam das Minas Acre, um corre que iniciamos em 2019, significa muito pra mim, pois esse é o único Slam (campeonato de poesia falada) com recorte de gênero do Acre, e quando idealizei lá atrás, era justamente para que nós estivéssemos um espaço seguro e confortável para falar poesia, do jeito que for. E hoje, somos parte de uma rede nacional de Slam ‘s, e o Acre demonstra na prática que sempre existiu!” conta ela.

A poeta ainda fala da importância e impacto de se terem eventos como este acontecendo e fomentando a arte. “Regionalmente, o Slam fez, de certa forma, que o cenário de escritores e poetas do Acre mudasse, com ainda mais  inserção de pessoas negras, indígenas, mulheres, LGBTQIAPN+ e, sobretudo, jovens moradores de periferias, com acesso à arte e educação, através dessa ferramenta tão eficaz, que é a palavra falada. No âmbito nacional e internacional, demarca nosso espaço, como também fazedores de cultura e arte, como uma potência amazônida, mostrando que a nossa perspectiva nortista deve ser conhecida por todes.” finaliza ela.

Ao todo, mais de 30 artistas irão se apresentar durante os 4 dias de campeonato que irão ocorrer na capital paulista, com participantes de 12 estados diferentes do Brasil, e 10 países da América Latina 

 

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