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Mulheres privadas de liberdades abraçam filhos em reencontro antes do Natal

Mulheres privadas de liberdades abraçam filhos em reencontro antes do Natal

“Depois de quatro anos reclusa, este está sendo o dia mais feliz da minha vida. Eles não esqueceram de mim”. A detenta J. M, de 31 anos, fez esta afirmação no momento em que abraçava seus quatro filhos. A reeducanda, que cumpre pena há quatro anos, contou que a última vez que havia visto dois de seus filhos, foi antes de ser presa, mas nesta segunda-feira, 18, por meio do projeto Abraçando Filhos, do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), em parceria com o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), ela pôde rever e passar uma manhã agradável com todos eles.

O projeto Abraçando Filhos tem a função de promover um apoio material e acolhimento afetivo dos menores, filhos de mães encarceradas que estão cumprindo pena em estabelecimento prisional. A iniciativa, realizada na Sede do Tribunal de Justiça, proporcionou o encontro de 26 mães com seus filhos.

Na oportunidade, foi oferecido um café da manhã e presentes para as crianças. A desembargadora Regina Ferrari, presidente do TJ, falou sobre a importância de proporcionar este momento às famílias. “Hoje é um dia que elas têm a oportunidade de estar com seus filhos fora do presídio. Então, é importante ver a energia do amor entre mãe e filhos em tempo de Natal”, ressaltou.

Mulheres privadas de liberdades abraçam filhos em reencontro antes do Natal
Autoridades reunidas durante evento na Sede do Tribunal de Justiça. Foto: Antônio Moura

O presidente do Iapen, Alexandre Nascimento, disse que o projeto é de fundamental importância pois preza pela ressocialização e aproximação com o familiar: “A gente vê isso com bons olhos. Ratifica o nosso compromisso em manter a ressocialização como um dos nossos principais pilares dentro desse contexto de gestão que estamos implementando”.

Dalvani Azevedo é a diretora do presídio feminino em Rio Branco. Emocionada, ela conta que entende o sentimento de cada mãe. “Rever, abraçar os filhos, poder ter um momento desse fora de uma cela, às vezes reencontrar o filho depois de três, quatro anos, como já acontece, é uma sensação inexplicável. É o sentimento de mãe que aflora. E a gente chora junto também. Esse momento é muito forte, impactante”, afirmou a diretora.

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