Imagine como seria o Papai Noel da Amazônia! Vestido de verde, carregando consigo o tradicional saco de presentes, ele caminha por varadouros, navega por rios e igarapés e visita comunidades tradicionais para cumprir uma missão muito especial. Em vez de presentes, o bom velhinho planta árvores para a criação de agrofloresta. Ele segue com a poronga na cabeça iluminando o caminho de um futuro melhor, distribuindo mudas e semeando a esperança por onde passa.
Essa é a proposta da campanha de Natal da SOS Amazônia (http://doa.re/u7WV), lançada no dia 8 de dezembro com a meta de arrecadar mil árvores (cerca de 25 mil reais) até o dia 6 de janeiro. O valor arrecadado com a campanha será convertido em mudas de espécies florestais, frutíferas e palmeiras, que serão destinadas à restauração de um hectare de área degradada.
Ao acessar a campanha, o doador pode escolher qual tipo de árvore quer plantar e a quantidade. O valor das mudas é de 12 reais para espécies frutíferas (abacate, acerola, cacau, café, cajarana, caju, citrus, cupuaçu, graviola, manga), 15 reais para palmeiras (açaí, bacaba, buriti, cocão, murmuru, patuá) e 25 reais para espécies florestais (amarelinho, bálsamo, cerejeira, cumaru ferro, mogno, jatobá, paricá, samaúma).
“Plantar uma árvore na natureza é mais barato do que comprar uma árvore de Natal”, compara Adair Duarte, coordenador de Restauração Florestal da SOS Amazônia.
Metade das mudas arrecadas será produzida no Viveiro SOS Amazônia, inaugurado em setembro deste ano na celebração de 35 anos da ONG, com capacidade inicial de produzir 450 mil mudas por ano. A outra metade virá dos 36 viveiros comunitários espalhados em 17 cidades do Acre e no município de Guajará, no Amazonas. Eles foram construídos para facilitar a logística em locais de difícil acesso e empoderar as famílias para que elas possam ter condições de ampliar suas áreas de restauração.
A implantação de agrofloresta proporciona benefícios ecológicos e sociais, dentre os quais é possível destacar a recomposição da cobertura vegetal do solo, recuperação da nascente e proteção das águas, diversificação da oferta de alimentos e fortalecimento da soberania alimentar das famílias. Além disso, um ambiente reflorestado torna-se mais agradável para as pessoas, trazendo bem-estar, qualidade de vida e contato com a natureza.