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Além de ex-secretário e agiota presos, outros três são acusados do assassinato do ex-prefeito de Plácido e seguem foragidos

A Polícia Civil do Acre, por meio da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), realizou, na manhã desta quarta-feira, 20, a operação “Abunã”, que representa um avanço significativo nas investigações do assassinato do ex-prefeito de Plácido de Castro, Gedeon Barros. O político foi morto a tiros em 2021, e desde então, a polícia trabalha para esclarecer o crime.

A operação resultou na prisão de duas pessoas e no cumprimento de nove mandados de busca e apreensão, em diferentes localidades, incluindo Rio Branco, Plácido de Castro, Tarauacá e estrada da Transacreana. Além disso, seis mandados de prisão preventiva foram emitidos, dos quais três foram efetivados. Um dos indivíduos foi preso em Plácido de Castro, enquanto outro foi detido em Tarauacá, este último já se encontrava sob custódia.

Gedeon Barros foi morto a tiros em Rio Branco no dia 20 de maio de 2021 — Foto: Arquivo pessoal

Foram presos, nesta quarta-feira, o ex-secretário de esportes do município, Liomar de Jesus Mariano, mais conhecido como Mazinho, e o agiota Carmélio de Souza, ambos acusados de mandarem assassinar o ex-prefeito. O terceiro acusado que já estava preso não teve o nome divulgado pela polícia.

“As investigações, que ainda estão em andamento, buscam desvendar os autores e possíveis participantes do crime que teve ampla divulgação. Nesta incursão, a PCAC obteve êxito na identificação e prisão dos executores, contudo, o caso não está encerrado e continuará a busca por demais envolvidos”, enfatizou em coletiva de imprensa o Delegado-Geral da PCAC, Dr. Henrique Maciel.

O delegado afirmou que os responsáveis pelo planejamento do crime eram pessoas do convívio de Barros, e que contrataram a dupla que perseguiu e efetuou o disparo que tirou a vida do ex-prefeito. Ele também disse que os valores pagos na execução do plano ainda estão sendo investigados.

“A motivação, ao que nos parece, foi um desacordo comercial, societário, entre a vítima e os responsáveis pelo planejamento do crime, por negociações que mantinham durante e após o mandato dele [Barros]. Ainda é preciso aprofundar nesse aspecto. Houve a contratação de duas pessoas, que utilizaram uma motocicleta, monitoram o ex-prefeito, o seguiram e quando tiveram oportunidade efetuaram disparo único para causar sua morte e se evadiram do local”, acrescentou.

De acordo com o delegado titular da DHPP, Alcino Ferreira, o caso do ex-prefeito Gedeon Barros não está encerrado. “Estamos trabalhando incansavelmente para desvendar todos os detalhes desse ato criminoso que abalou a cidade de Plácido de Castro”, disse o delegado.

 

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