O servidor público José Nilson, irmão de Géssica Melo de Oliveira, de 32 anos, morta a tiros durante perseguição policial no sábado, 2, no município de Capixaba, a 75km da capital acreana, negou todas as informações repassadas sobre a fatalidade que ceifou a vida da enfermeira, que morava no bairro Jorge Lavocat, parte alta da cidade, e que era mãe de três filhos menores de idade.
“Essa informação de que teve troca de tiros é uma informação totalmente mentirosa, não tem fundamento nenhum, a minha irmã não tinha arma, a minha irmã era uma pessoa estudada, uma enfermeira formada, ela não exercia a função, mas trabalhava como vendedora autônoma, ela se mantinha, ela nunca teve envolvimento com nada, nem cigarro normal, ela não fumava e nem bebia; ela simplesmente só estava passando por um problema de distúrbio mental, uma depressão, algo assim”, frisou Nilson.
Ele comentou que forjaram a cena do crime. “Como é que a pessoa se aproveita de uma situação dessa e querer forjar, colocando uma arma na cena do crime? O cara fez isso porque viu o tamanho da merda que ele fez, quando mataram a minha irmã. Ficaram atrás de arrumar alguma alternativa para tirar o deles de ‘reta’, só que não vão tirar, porque a justiça daqui da nossa terra pode ser falha, a de Deus não. E eu não vou deixar barato, isso aí não vai ficar assim, a gente vai lutar, eu quero ver esses canalhas fora da polícia, pois não têm capacidade de representar uma comunidade de bem.
Sobre não ser a primeira vez que Gessica fura uma barreira policial, Nilson frisou que isso ocorre devido ao seu quadro de saúde. “Não é que ela esteja devendo alguma coisa à justiça, é porque a pessoa que está em um quadro de depressão fica agitada com qualquer coisa,
fica fora de si. Jamais esperávamos que a polícia chegasse a tirar a vida da minha irmã dessa forma. Ficaram negando, não deixaram nem a família chegar próximo do carro, só para a gente não ver o estrago que eles fizeram. Senhor governador, peço que exonere esses canalhas”.