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PMs que atiraram e mataram enfermeira seguem presos após audiência de custódia em Rio Branco

A Justiça acreana determinou a prisão preventiva dos dois policiais militares envolvidos na morte da enfermeira Géssica Melo de Oliveira, de 32 anos, após uma perseguição policial no último sábado, 2. Durante a audiência de custódia, nesta segunda-feira, 4, o Ministério Público do Acre (MPAC) solicitou a conversão da prisão em flagrante para preventiva, decisão prontamente aceita pelo judiciário.

Os PMs permanecem detidos no Batalhão Ambiental, em Rio Branco. O MP instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar o possível homicídio doloso cometido pelos policiais, independentemente das investigações da Corregedoria da Polícia Militar e da Polícia Civil.

O promotor Vanderlei Batista Cerqueira solicitou cópias urgentes do auto de prisão em flagrante, do inquérito policial e do boletim de ocorrência nas diligências iniciais. O procedimento criminal tem previsão de conclusão em 90 dias, e as imagens da perseguição obtidas pelo G1 serão analisadas.

A versão oficial da polícia alega que Géssica estava armada e praticava manobras perigosas, resultando em disparos para conter o veículo. Entretanto, a família contesta essa narrativa, afirmando que a enfermeira não possuía arma de fogo e estava enfrentando um surto de depressão.

O carro usado por Géssica, registrado em nome de uma amiga, médica, foi apreendido próximo ao local do acidente. A família destaca que a enfermeira deixou três filhos e nega as alegações de que ela estaria armada durante a perseguição policial.

Diante da comoção pública, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública emitiu uma nota assegurando uma investigação imparcial e célere. A PM também afirmou que os militares envolvidos na ocorrência foram ouvidos e que um inquérito foi instaurado pela corregedoria para apurar o caso.

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