A deputada federal Antônia Lúcia (Republicanos) foi chamada de “desequilibrada” pela própria filha, a presidente do Instituto de Terras do Acre (Iteracre), Gabriela Câmara, que rompeu o silêncio sobre o conflito familiar que veio à tona nesta semana após a parlamentar denunciar que as duas netas, menores de idade, teriam sido abusadas pelo padrasto, Cristian.
Em extensa publicação nas redes sociais, Gabriela se coloca como vítima da história, nega as acusações da mãe contra o namorado e diz que as meninas foram levadas para Brasília, por Antônia Lúcia, sem sua autorização. “Foram sequestradas e estão em cárcere privado”, acusa.
A deputada, por sua vez, diz ter provas de que as crianças foram violentadas, mas explica que o processo corre em segredo de Justiça e que, por isso, não irá apresentá-las publicamente.
Gabriela reforça as acusações contra a mãe e expõe o racha na família Câmara, bastante conhecida no meio evangélico local. “Estou impossibilitada de ver minhas filhas desde o início do corrente ano, decorrente do ciúme possessivo de minha mãe. Somos vítimas, Cristian é inocente”.
Após a manifestação da filha, a deputada federal publicou, nas redes sociais, fotos e vídeos que mostram as crianças felizes e brincando. Na terça-feira, 5, ela afirmou À GAZETA que tem a guarda legal das meninas. A reportagem, então, solicitou uma cópia do documento de guarda, porém, até o momento, ainda não o obteve.
A briga familiar, que teria também, segundo Gabriela, motivações políticas, respingou no líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Manoel Moraes (PP), que é pai de Cristian. O parlamentar foi acusado por Antônia Lúcia de ameaçá-la caso expusesse as denúncias de abuso. Moraes nega tudo e diz que vai até o fim, pelas vias judiciais, para que a deputada pague pelas acusações “mentirosas”.
Veja a nota de Gabriela Câmara: