Como o ódio dá mais prazer que o amor? Uma lembrança, de alguns anos atrás, suscitada pelo “aplicativo de lembranças” do facebook, provocou essa reflexão. O post era; “Eu Amo Chocolates. SQN”! Pessoas da minha bolha, meus leitores, seguidores, sabem o que eu acho mais estranho nessa página??? Os tipos de comentários. São inacreditavelmente corajosos, do tipo: – Nossa que bomba calórica!!! – Estou de dieta!!! – Não posso comer doces. E o pior de todos… – Não gosto de chocolates. Então eu me pergunto e pergunto também a vocês, por que essas pessoas entram na página? Pedi a opinião de alguém??? Realmente não entendo, pois, a página é para quem “ama chocolate” e nunca desiste dele. A REFLEXÃO: AME-O OU DEIXE-O? ODEIE! Agora, um exemplo da semente da retórica do ódio, que afirmo peremptoriamente me lembrar de ter sido cuidadosamente cultivada entre nós, desde os tempos das comunidades e fóruns do Orkut. Alguém lembra? Isso é, inclusive, um tipo de retórica sofisticadíssima explorada pelo marketing. O caso mais emblemático, e que estudei a fundo, era um site genial da pasta de cevada fermentada Marmite. Como Marmite é um produto que, desde sempre, desperta reações naturalmente antagônicas de amor ou ódio (por causa de seu sabor único), o marketing explorou isso genialmente no falecido site. O dito cujo partia de um menu inicial dividido entre duas opções: AMO / ODEIO. A partir de cada uma delas, se adentrava em um site completo, de cada um dos pontos de vista. Dessa forma, todas as pessoas que odiavam Marmite TAMBÉM amavam visitar e divulgar o site do produto. Porque ele tinha a mesma quantidade de páginas dedicadas a declarações de ódio à sua existência, que as dedicadas às declarações de amor.
Está na hora de parar de jogar esse jogo. Ele não tem vencedores, embora vicie. É jogo de azar e só “a banca” vence. Embora ele possa ser até interessante e divertido, quando estamos falando de chocolates, pasta de cevada, cartão de dia dos namorados ou máscara para cílios, quando ele é usado para fins POLÍTICOS, ele destrói a humanidade. Parem de jogar o jogo do ódio, dá prazer expressar ódio, sim, mas é mais arriscado do que uma roleta russa com apenas uma bala faltando.
No mais é sempre bom lembrar que os famosos haters, os que não são doentes por fama, só querem plantar polêmicas, há também os verificadores de fatos, criadores de narrativas que se auto proclamaram os senhores da “verdade” não dão trégua para a mentira, hipocrisia e para o mau caratismo. A missão dada não é de forma alguma esclarecer os fatos, sua tarefa é manipulá-los e distorcê-los completamente até que atinjam a sua completa falsificação.