O Uruguai confirmou, nessa terça-feira (30/1), a identificação do primeiro caso humano de encefalomielite equina. A doença infectocontagiosa é transmitida por mosquitos e afeta principalmente cavalos. A vítima é um residente de San José, no sudoeste do país.
O alerta sobre a doença surgiu em dezembro, quando o vírus foi detectado em um cavalo da costa oeste do país, na fronteira com a Argentina. De acordo com o Ministério da Saúde Pública (MSP), testes laboratoriais confirmaram o diagnóstico de encefalite equina ocidental (EEO) no morador de San José.
“A circulação viral confirmada pelo Ministério da Pecuária, Agricultura e Pescas (MGAP) em vários animais de diferentes departamentos tornava esperada a ocorrência de algum caso humano, tal como tem ocorrido noutros países”, informou o MSP por meio de comunicado.
A Argentina, vizinha do Uruguai, declarou emergência sanitária em 30 de novembro, após a confirmação de surtos no centro e nordeste do país. Foram registradas dezenas de infecções e várias mortes por encefalomielite equina em humanos.
A doença é causada pelo vírus de mesmo nome, que pertence ao gênero Alphavirus da família Togaviridae. Ela é a mais leve das três variantes da doença, que pode causar febre alta, dor de cabeça intensa, fraqueza muscular e convulsões em humanos, podendo ser fatal.
O vírus da EEO é transmitido de aves para diferentes espécies de mosquitos. Ele afeta principalmente cavalos e mulas, podendo também infectar humanos.
Nos humanos a doença se instala de forma súbita, com sintomas que incluem febre, dor de cabeça, conjuntivite, vômitos e letargia, progredindo rapidamente para delírio e coma. Os sinais nervosos consistem em rigidez de nuca, convulsões e reflexos alterados.
O MSP informou que o estado de saúde do paciente evolui favoravelmente. Até ao momento, ele é o único caso confirmado. A pasta reforçou medidas de vigilância epidemiológica para evitar a proliferação de mosquitos que possam estar infectados, com a eliminação de potenciais criadouros de mosquitos. (Com informações da agência AFP)
Fonte: Metrópoles