Vídeos adulterados de famosos estão sendo usados para promover uma suposta versão do jogo de celular Subway Surfers. A campanha é veiculada em redes sociais com postagens, algumas delas pagas, que prometem dinheiro fácil para quem usa o game, chamado de Subway Money.
As publicações usam imagens de famosos para criar deepfakes, técnica que usa inteligência artificial para fazer parecer que uma pessoa está falando outra coisa em uma gravação. A ideia é convencer as vítimas a pagarem pelo jogo, mas os vídeos são falsos.
Em busca de mais credibilidade, os vídeos têm demonstrações do que seria o Subway Money. Esses trechos se parecem muito com Subway Surfers, mas mostram uma área do que seria o valor a receber pelo jogador, algo que não existe no jogo oficial.
As vítimas são induzidas a criar uma conta em um site e fazer transferências por PIX para conseguir acessar o suposto jogo.
De acordo com a página fraudulenta, o primeiro depósito deve ser de ao menos R$ 20, e cada rodada do Subway Money custa a partir de R$ 1.
A Meta, dona do Instagram e do Facebook, e o TikTok afirmaram ao g1 que proíbem atividades que tenham o objetivo de enganar usuários. No entanto, foi possível encontrar contas e vídeos que promovem o jogo falso nas três redes sociais (veja a posição das empresas ao final).
Em relação às redes da Meta, o g1 identificou que o termo “Subway Money” foi usado em mais de 700 vídeos impulsionados, quando a plataforma ganha dinheiro para aumentar a visibilidade da postagem e mostrá-la ao público-alvo do anunciante. Não é possível fazer esse levantamento no TikTok.
Jogo original NÃO dá dinheiro de verdade ❌
O Subway Surfers é um dos mais bem-sucedidos jogos “endless runner” (corredor infinito, em tradução livre). O personagem do game é um “surfista de trem” que precisa fugir de um segurança do metrô, desviar de obstáculos e coletar alguns itens, como moedas.
Essas moedas são fictícias, ou seja, não viram dinheiro de verdade. Elas servem apenas para adquirir equipamentos, trajes e outros personagens dentro do jogo.
Reportagem do G1, para ler a matéria completa acesse