Os acreanos têm convivido com uma situação preocupante, o aumento significativo de casos de dengue em 2024. O Acre já é o segundo estado com maior incidência da doença no país, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
O MS aponta que mais de 1,7 mil prováveis casos foram registrados até o momento no estado acreano, que apresenta uma incidência de 212,5 casos a cada 100 mil habitantes.
Diante do cenário preocupante, o governo do estado declarou situação de emergência diante do aumento de 106,6% nos casos de dengue, visando a adoção de medidas urgentes para conter a propagação da doença. Entre os sintomas comumente associados à dengue, estão dores de cabeça, no corpo e mal-estar, porém, a doença pode se manifestar de forma mais grave.
Recentemente, uma tragédia enfatizou sobre a gravidade da situação: o detento Ivan Souza da Silva, de 31 anos, faleceu de dengue hemorrágica, sendo a primeira morte confirmada pela doença em 2024 no estado. Diante do cenário alarmante, metade dos municípios do Acre foram selecionados para receber a vacinação contra a dengue, visando imunizar crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.
O Ministério Público Federal do Acre instaurou um procedimento para obter informações sobre a imunização contra a dengue, considerando o surto de arboviroses, a superlotação nas unidades de saúde e a declaração de situação de emergência pelo governo do Estado. A vacinação, que está programada para iniciar em março, será um ponto crucial no combate à propagação da doença na região.
Com as chuvas recorrentes do inverno amazônico os focos de proliferação tendem a aumentar, colocando a população em alerta para a importância da eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, que é o principal vetor da dengue. Segundo o Ministério da Saúde, a parceria entre a população e os 697 agentes de saúde, é de total importância no combate a erradicação da doença nos 22 municípios acreanos.
Por Walace Gomes – Estagiário em supervisão