Um novo tipo de golpe virtual circula pelas plataformas que incluem chamadas de vídeo, em especial o WhatsApp. Nessa nova artimanha, os criminosos ligam por vídeo através de números aleatórios e, quando atendidos, veiculam imagens de pornografia infantil, registram a reação da vítima e, então, tentam extorqui-las.
O Metrópoles conversou com uma das pessoas que receberam ligações de golpistas. Neste caso, o alvo dos bandidos optou por não atender às chamadas, justamente por descobrir a artimanha pelos amigos.
“Eu recebi uma chamada de vídeo desse número. O golpe está aí, tem que ficar muito esperta mesmo com isso. Aconteceu comigo ontem, na hora do almoço. Mas, por minhas amigas passarem para a frente [informações] sobre esse novo golpe, graças a Deus não atendi. Até a foto era a mesma”, afirmou a servidora Patrícia Helena Pereira.
Patrícia relatou ao Metrópoles que optou por recusar as chamadas de vídeo porque reparou na foto do perfil, que era a mesma denunciada pela amiga. Depois, a foto foi trocada, mas o número continuava o mesmo.
Os avisos foram registrados por amigos da servidora e, poucos dias depois, passaram a ser alertados em páginas da baixada santista, devido ao volume massivo de ligações. É importante frisar que outros números, diferentes do original, foram veiculados como pertencentes à artimanha e, por isso, o Metrópoles optou por tampá-los.
O crime é conhecido por especialistas como “sextorsão” e suas variantes consistem basicamente em ameaçar divulgar imagens íntimas para coagir uma pessoa.
As variantes são inúmeras, mas destacam-se o “golpe do pipi”, o “spray and pray”, o “golpe da novinha” e o “golpe do pedófilo”, de acordo com o coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas, Alessandro Barreto. “Essa da pornografia infantil seria uma das variantes (do ‘golpe do pipi’). Os criminosos saltam de uma modalidade para outra”, explica.
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