A morte do detento Cristiano Dias da Silva, 46 anos, no presídio Manoel Neri da Silva, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, tem gerado polêmica. A família de Cristiano contesta a versão oficial informada pelo Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), que informou em nota que o óbito teria sido ocasionado por uma provável parada cardíaca.
Entretanto, segundo informações do atestado de óbito de Silva, ele faleceu por asfixia mecânica, devido a bronco aspiração de alimentos, indicando um caso de engasgo. Por esse motivo, a família alega que o detento, por ser deficiente mental, precisaria de cuidados especiais, ao qual o presídio de Cruzeiro do Sul, não tem essa estrutura.
“Além de ser uma pessoa deficiente ele era epilético e tomava todos os medicamentos. O Cristiano, por ser uma pessoa deficiente, jamais poderia ficar só. Quando ele estava com a gente, já chegamos até a abrir a boca dele para tirar o alimento. Na cela, como ele estava sozinho e passou mal, não tinha ninguém para ajudá-lo”, disse a prima do detento, Graciete Nascimento, em entrevista ao g1.
Para a família, a morte foi causada pela ausência de um cuidador no momento preciso do engasgo. Eles acusam o presídio de omissão. De acordo com os familiares, o caso será levado ao Judiciário Acreano.
Em resposta, a assessoria do Iapen informou que “o médico que fez os primeiros atendimentos disse que [o detento] tinha características de infarto, mas, que, sobre essa parte de laudo e causa da morte, é com os médicos. Ficando a par da instituição a informação, como foi falado na nota”.
Por Walace Gomes – Estagiário em supervisão.