A população da região Norte está enfrentando uma das piores secas dos últimos anos. Para garantir a segurança alimentar de indígenas, populações extrativistas e ribeirinhos que vivem em áreas isoladas, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) está apoiando essas famílias com a compra e envio de cestas de alimentos.
A ação, que começou em dezembro, já beneficiou mais de 37 mil famílias em quatro estados da região: Acre, Amazonas, Pará e Rondônia. No total, estão sendo entregues 37.402 cestas de alimentos, sendo 4.181 no Acre, 20.911 no Amazonas, 11.556 no Pará e 754 em Rondônia.
“O MDS forneceu cestas de alimentos nesse período mais crítico de seca para povos e comunidades tradicionais, como indígenas e populações extrativistas, para essa fase mais dura decorrente do desastre climático da Amazônia”, explicou Lilian Rahal, secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.
Das quase 21 mil cestas destinadas ao Amazonas, cerca de seis mil serão entregues entre Santa Isabel do Rio Negro (AM) e a Floresta Nacional do Amazonas. Destas, 2,6 mil foram entregues no início de janeiro na Unidade de Conservação em São Miguel da Cachoeira (AM). Entre os beneficiários, está a população do Território Indígena Yanomami.
A forte seca que atingiu o Amazonas fez com que os 62 municípios declarassem situação de emergência. De acordo com a defesa civil do estado, 600 mil pessoas, que compõem 158 mil famílias, foram afetadas.
“A pedido da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), no caso de indígenas, e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), para população extrativista, estamos garantindo que essas pessoas não tenham nenhum impacto severo em relação à segurança alimentar”, completou a secretária do MDS.
O ICMBio está acompanhando as entregas. A logística da distribuição das cestas, especialmente em comunidades remotas que são difíceis de acessar, é realizada pela Operação Amanaci, criada pelo Ministério da Defesa e que reúne as três Forças Armadas: Marinha, Aeronáutica e Exército. A operação utiliza helicópteros e barcos para entregar os alimentos nas aldeias e vilas extrativistas.