Diante de um aumento expressivo de 106,6% nos casos de dengue, o governo do Acre decretou estado de emergência. O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE), na sexta-feira, 5, e tem validade de 90 dias.
Os sintomas clássicos de dor de cabeça, no corpo e mal-estar estão associados à dengue, mas a doença pode assumir formas mais graves.
Segundo dados do Núcleo de Doenças de Transmissão Vetorial da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), entre janeiro e dezembro de 2023, foram notificados 5.445 casos de dengue no Estado, com 3.755 casos positivos.
Esse número representa um aumento significativo em relação aos 2.635 casos prováveis no mesmo período de 2022, marcando uma variação de 106,6%.
O levantamento revela que as notificações começaram entre 1º e 7 de outubro, atingindo o pico entre 26 de novembro e 2 de dezembro, com 575 casos prováveis. Somente em Rio Branco, foram confirmados 779 casos em 2023, sem registro de óbitos.
Na primeira semana de 2024, em média, 400 casos suspeitos de dengue são atendidos diariamente nas unidades de referência.
O decreto governamental destaca também o aumento das síndromes febris causadas pelas arboviroses urbanas, como dengue, Zika e Chikungunya, com base em dados das Unidades Básicas de Saúde, UPAs e hospitais do Estado.
Quanto à Chikungunya, foram notificados 52 casos prováveis em 15 estados do Acre em 2023, com Rio Branco responsável por 27 casos. Zika Vírus registrou 113 casos prováveis, com 79 positivos, e dois casos positivos em grávidas.
O Acre também viu um aumento nos casos de infecções por Oropouche e Mayaro, em dezembro do ano passado, chegando a 60 casos confirmados em dez municípios.