Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Quase 40 super ricos no Acre têm renda média de mais de R$ 600 mil por mês

Foto: Remessa Online

Uma nota técnica, publicada nesta terça-feira, 23, pelo Observatório de Política Fiscal, aponta que o Acre tem 38 super ricos vivendo com renda média de R$ 600 mil por mês. Eles fazem parte do seletíssimo grupo dos 0,01% mais ricos do Brasil.

O levantamento, feito pelo economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Sérgio Wulff Gobetti, constata que o crescimento nominal da renda média dessa ínfima parcela da população acreana foi de 54% desde 2017.

Já o crescimento real do rendimento desse grupo, quando descontada a inflação dos últimos anos, chega a 17%, percentual superior ao registrado entre os super ricos da Paraíba, Rio de Janeiro, Pará e Ceará.

O levantamento também trouxe dados sobre outro estrato da elite do Acre: os 0,1% mais ricos. Fazem parte desse grupo 383 acreanos, que têm renda média mensal de quase R$ 160 mil. De 2017 a 2022, o crescimento nominal da renda dessa população foi de 55%, enquanto que o real foi de 18%.

No Brasil, para estar entre os 0,1% mais ricos, é necessário ter renda de, pelo menos, R$ 140 mil mensais. Para integrar o 1% mais rico, a renda precisa ser superior a R$ 30 mil por mês. Quem ganha pelo menos R$ 10 mil faz parte dos 5% mais ricos.

O estudo abrange os anos de 2017 a 2022, a partir de análises de informações da Receita Federal relativas às declarações do imposto de renda das pessoas físicas (IRPF). A ideia é contribuir com dados sobre a evolução e o nível da desigualdade no país.

“Entre as evidências mais importantes desta análise, destaca-se no período recente o crescimento da renda dos muito ricos a um ritmo duas a três vezes maior do que a média registrada por 95% dos brasileiros”, disse Sérgio, autor da nota.

“Ao que tudo indica, a confirmar-se por estudos complementares, [isso] elevou o nível de concentração de renda no topo da pirâmide para um novo recorde histórico, depois de uma década de relativa estabilidade da desigualdade”, continua o economista.

Sair da versão mobile