O desmatamento em áreas protegidas da Amazônia caiu quase quatro vezes (73%) em 2023, na comparação com 2022. Segundo levantamento divulgado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), no ano passado a devastação em terras indígenas e unidades de conservação localizadas na região atingiu 386 km². Trata-se do menor índice desde 2013, quando foram desmatados 178 km².
A pesquisa aponta ainda, que neste primeiro ano de mandato do governo Lula, a Reserva Extrativista Chico Mendes, situada no Acre, registrou uma queda de 71% no seu desmatamento, ocupando o segundo lugar no ranking de redução das unidades de conservação da Amazônia.
Em 2022, o total da área desmatada chegou a 84 km² e esse número caiu para 24 km² em 2023. A análise utilizou informações disponibilizadas pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD).
Além da Resex, outras duas áreas e proteção no estado acreano também registraram reduções no desmatamento: Floresta Estadual Rio Gregório, no município de Tarauacá – 25% (8 km² em 2022 e 6 km² em 2023) e Reserva Extrativista do Alto Juruá – 17% (6 km² em 2022 e 5 km² em 2023).
Em 2022, o Acre registrou 880 km² de área desmatada. Esse número caiu para 333 km², o que representa uma redução de 62,16% em um ano de gestão da ministra Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil.
Para a coordenadora do Comitê Chico Mendes, Angela Mendes, um série de fatores explica a redução. “O principal deles é o fortalecimento das instituições de controle, como Ibama e ICMBio que estão tendo condições de desenvolver o trabalho”, frisou.