Um estudo da ONG Carbon Plan, encomendado pelo jornal The Washington Post, aponta que Rio Branco está entre as 10 cidades no mundo que enfrentarão períodos prolongados de calor extremo nos próximos 26 anos. Segundo a pesquisa, a Capital acreana deve liderar como a mais quente do mundo por 212 dias até 2050.
O Brasil, devido à sua localização tropical, está entre os países mais impactados pelas mudanças climáticas globais, com o aumento do calor extremo previsto. Cidades como Manaus, Belém, Porto Velho, Boa Vista e Rio Branco enfrentarão períodos significativos de altas temperaturas, sendo Manaus a mais afetada, com previsão de 258 dias de calor extremo.
O professor Paulo Artaxo, da USP, destaca que regiões como a Amazônia, que combinam altas temperaturas com umidade elevada, apresentam riscos adicionais para a saúde humana. Ele ressalta que altas umidades dificultam a evaporação do suor, comprometendo os mecanismos de regulação térmica do corpo.
Com as atuais emissões de gases do efeito estufa, estima-se um aumento médio de três graus Celsius na temperatura global na segunda metade do século 21. O estudo alerta que aproximadamente cinco bilhões de pessoas estarão expostas a condições prejudiciais à saúde devido ao calor em cerca de 30 anos.
A ONG enfatiza que temperaturas superiores a 32°C, por mais de 15 minutos, são nocivas mesmo para adultos saudáveis, podendo aumentar as mortes relacionadas ao calor.