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Sesacre anuncia instalação de mais 14 leitos de UTI e apresenta plano de contingência contra Arboviroses

Foto: Reprodução

Em coletiva de imprensa, promovida na manhã desta quinta-feira, 18, o secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal, anunciou a implantação de mais 18 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no Acre.

Na ocasião, também foi apresentado um Plano de Contingência contra Arboviroses, voltado para combater a proliferação do Aedes aegypti e controlar as incidências de dengue e outras doenças transmitidas por esse vetor no estado.

Acompanhado do chefe de Regulação, Fernando de Abreu, e do chefe de Vigilância em Saúde da Sesacre, Edvan Meneses, Pascal explicou o passo a passo de como se dará a instalação dos leitos.

Atualmente, o estado possui 67 leitos de UTI adulto, dos quais 27 no Pronto-socorro de Rio Branco, 10 na Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), 10 no Hospital do Juruá e 20 no Hospital Santa Juliana. Destes, apenas o Hospital Santa Juliana está com máxima ocupação, enquanto o PS e o Hospital do Juruá possuem uma vaga e a Fundhacre possui quatro vagas no momento, de acordo com levantamento feito nesta quinta-feira.

Segundo a Sesacre, as internações são decorrentes de emergências clínicas, acidentes, traumas e pós-cirúrgicos. No caso dos leitos de UTI infantil, o Estado dispõe de 75 leitos, sendo 15 no Pronto-socorro, 10 no Hospital da Criança Iolanda Costa e Silva, além de 50 leitos clínicos também no Hospital da Criança.

Conforme relatório do Observatório da Saúde, dos 15 leitos de UTI pediátricos no Pronto-socorro, apenas cinco estão ocupados. Já no Hospital da Criança Iolanda Costa e Silva, dos 10 disponíveis, cinco estão ocupados, enquanto no mesmo hospital, dos 50 leitos pediátricos 36 estão ocupados.

Para a expansão das vagas, Pascoal informou que será transferida a UTI Fundhacre para o Instituto de Traumatologia e Ortopedia, desta forma, os 10 leitos adultos existentes serão ampliados para 18. Outra UTI Adulta com seis leitos será instalada na Fundhacre, totalizando a criação de 14 novos leitos de UTI. Desde o dia 17, as equipes estão trabalhando conjuntamente para fornecer reforma, equipamentos, recursos humanos e toda a logística necessária para viabilizar a implantação.

Coletiva de imprensa na Sesacre (Foto: Luan Martins/Sesacre)

“Tivemos um retardo início da dengue, mas já vínhamos trabalhando, há dois ou três meses trabalhando junto a Fundação. Estávamos aguardando a liberação do espaço que estava com a nefrologia da Fundhacre, é lá que serão implantados os leitos de UTI. Hoje temos uma alta taxa de ocupação de UTIs, mas pontuamos que essa alta taxa de ocupação não é decorrente da dengue. Nossos pacientes internados, a maioria são pacientes pós operatórios, acometidos por algum acidente ou clínicos”, frisou o secretário.

Plano de contingência 

O atual cenário epidemiológico do Acre destaca-se pela presença disseminada do Aedes aegypti em todas as regiões, com alta incidência em vários municípios. A Sesacre, em colaboração com as áreas técnicas do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), elaborou o plano de contingência, envolvendo ações preventivas, profiláticas e assistenciais para lidar com as arboviroses transmitidas pelo vetor.

As unidades básicas de saúde, convencionais, unidades da estratégia saúde da família e equipes de agentes comunitários de saúde desempenham um papel crucial na identificação, notificação, assistência médica e de enfermagem a todos os casos suspeitos de Dengue. Além disso, a rede básica será responsável por desenvolver ações educativas em saúde, visando modificar os hábitos de vida da população e manter os ambientes domésticos livres da presença do Aedes aegypti.

O Plano de Contingência será ativado quando a taxa de incidência das arboviroses ultrapassar os limites esperados para o período epidêmico, utilizando ferramentas como o “diagrama de controle” e a “curva epidêmica”. Para localidades sem série histórica, serão adotadas abordagens específicas. Dado o comportamento sazonal das arboviroses, especialmente da Dengue, entre outubro e maio, o monitoramento intensivo de indicadores epidemiológicos, entomológicos e operacionais será implementado a partir de outubro. O Núcleo de Doenças de Transmissão Vetorial da Sesacre coordenará o monitoramento em áreas vulneráveis.

 

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