Condenado a prisão domiciliar por matar atropelada a comerciária Jonhliane Paiva de Souza, em agosto de 2020, o empresário Ícaro Pinto foi flagrado em uma briga corporal na manhã desta segunda-feira, 1º, no Mercado do Bosque, em Rio Branco.
Ele usa tornozeleira eletrônica e, de acordo com a condenação, tem uma série de restrições para sair de casa, não podendo, por exemplo, frequentar bares e casas noturnas. Além disso, ele só pode sair durante o dia e precisa registrar às autoridades o destino.
A reportagem não tem conhecimento de onde o condenado estaria antes da confusão, que aconteceu nas primeiras horas da manhã.
Ícaro foi condenado, em júri popular, a 10 anos e 10 meses de prisão, em regime fechado, por homicídio simples, e 1 ano, 3 meses e 17 dias por embriaguez ao volante e omissão de socorro. Em 2022, ele foi beneficiado com progressão de regime e passou a cumprir a pena em casa.
De acordo com a acusação, Ícaro estaria fazendo racha com um amigo, Alan Araújo de Lima, quando colidiu contra a motocicleta pilotada por Jonhliane, na Avenida Antonio da rocha Viana. Na época, o caso comoveu a opinião pública, que pediu Justiça.
Alan, por sua vez, foi condenado a 7 anos e 11 meses de detenção semiaberta por homicídio simples e também faz uso de tornozeleira eletrônica. Ambos os réus foram obrigados, ainda, a pagar danos morais de R$ 150 mil (R$ 100 mil de Ícaro e R$ 50 mil de Alan) para a mãe da vítima, além de pensão vitalícia de 2/3 de dois salários mínimos.
A ficha de Ícaro não para por aí. Em 2013, ele teria se envolvido em uma confusão na Bahia e foi acusado de espancar, ao lado de parentes, um turista da Itália. A 1ª Vara Criminal da Comarca de Ilhéus o condenou, sete anos mais tarde, a 4 anos e 3 meses de prisão. A denúncia foi feita pelo Ministério Público.