A depender do Partido Liberal (PL), o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (Progressistas), que foi rifado da disputa à reeleição pela sua própria sigla, não vai ficar sem legenda para concorrer a mais quatro anos de mandato. Foi o que garantiu ao A GAZETA o presidente municipal da agremiação, João Paulo Bittar.
Atento às movimentações do PP na capital, que oficializou a pré-candidatura de Alysson Bestene, em detrimento da de Bocalom, João Paulo disse, ainda no ano passado, que seu partido acolheria o prefeito, caso este aceitasse.
“Se o Bocalom vem ou não para o PL, depende dele. Já dissemos e repito, se ele for candidato pelo Progressistas, ele teria nosso apoio. Mas caso o partido entenda que não é de interesse deles, as portas estão abertas para a vinda do prefeito”, pontuou.
Bocalom, por sua vez, mantém a política de falar pouco sobre eleições, dizendo estar ocupado com trabalho. Porém, já admitiu que o PL é, sim, seu plano B.
Com o PP demonstrando que não dará o braço a torcer, o prefeito de Rio Branco precisa correr contra o tempo, se quiser se apresentar como candidato nas eleições municipais de 6 de outubro. Isso porque o prazo para filiações partidárias acaba em pouco mais de 2 meses.
“Dissemos a ele [Bocalom] que sem partido ele não fica, pois se for preciso ele é bem-vindo no PL. No mais, não sei como está esse termômetro, se ele vem mesmo ou não. Mas será bem-vindo, é um prefeito sério e que não tem nenhuma denúncia”, afirma João Paulo, que é filho do senador Márcio Bittar.
O parlamentar federal do União Brasil tem influência no PL e também tenta levar Bocalom para o time dos liberais. Na última semana, prefeito e senador apareceram juntos em várias agendas e publicações nas redes sociais, mostrando que Bocalom não está politicamente isolado.
A proximidade entre os dois não é de agora, mas, a aproximação do prazo limite para filiação e o visível estreitamento das relações levantam suposições de que a ida de Bocalom para o PL já tem data marcada. E com direito a honrarias.
Em um vídeo publicado no perfil de Márcio e Bocalom na última quinta, 25, eles anunciaram a vinda do ex-presidente Bolsonaro ao Acre para março, ocasião em que deve ocorrer a filiação do prefeito. “Não está 100% confirmada a vinda, mas deve acontecer sim. A principal razão é prestigiar e agradecer os votos que teve no Estado”, desconversou o presidente municipal do PL.