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MPF pede investigação sobre possível crime de transfobia que teria sido cometido por pré-candidato a vereador no Acre

MPF pede investigação sobre possível crime de transfobia que teria sido cometido por pré-candidato a vereador no Acre
Francineudo Costa

Após discurso veiculado nas redes sociais, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou a instauração de um inquérito policial para investigar um possível crime de transfobia que teria sido cometido pelo pré-candidato a vereador de Rio Branco (AC) e ex-presidente do Instituto Estadual Profissional e Tecnológica Dom Moacyr Grechi (Ieptec), Francineudo Costa.

No documento, o procurador da República Lucas Costa Almeida Dias informa que, após um portal de notícias publicar matéria com relato da miss Acre trans, Allana Rodrigues, sobre o fato de ela ter sido expulsa de um banheiro feminino num bar, Francineudo fez uma publicação em seu perfil aberto no Instagram. Em sua postagem, ele se apresenta como pré-candidato a vereador e diz que, se eleito, apresentaria projeto de lei para que mulheres transgênero não usem banheiros femininos no município de Rio Branco (AC).

MPF pede investigação sobre possível crime de transfobia que teria sido cometido por pré-candidato a vereador no Acre
Segundo Francineudo, sua publicação foi banidada pelo Instagram — Foto: Reprodução

Segundo o MPF, após a publicação do pré-candidato, foram registradas quatro representações a respeito possível do crime, tendo em vista que seu conteúdo dissemina ódio e intolerância contra pessoas transgêneras.

No documento, o procurador requisita que, para instrução da investigação, desde logo seja preservada a prova dos stories de Francineudo Costa. “A postagem demonstra como a internet tem servido de palco para o ódio à população LGBTQIA+ e escancara a realidade discriminatória alimentada pela ideia de que é um território sem lei”, afirma Lucas Costa.

Márcio Bittar se manifesta

Por meio de suas redes sociais, o senador acreano Márcio Bittar, União Brasil, se pronunciou em prol de Francineudo. O parlamentar critica o posicionamento do MPF ao que considera “liberdade de expressão”.

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