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Acre está entre os estados com tendência de crescimento de casos de síndromes gripais, alerta Fiocruz

O Acre é um dos sete estados brasileiros com sinal de crescimento a longo prazo nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas diversas faixas etárias analisadas. O dado é do Boletim InfoGripe divulgado na sexta-feira, 16, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e corresponde à semana epidemiológica 6, que vai de 4 a 10 de fevereiro.

O estudo utiliza dados inseridos até o dia 14 de fevereiro no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

O estado acreano aparece com 75% de tendência de alta, considerando o longo prazo, ou seja, as últimas seis semanas, e também na tendência de curto prazo, últimas três semanas.

Além do Acre, também estão com sinal mais claro de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo os estados do Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Tocantins. Os dados de faixa etária e resultados laboratoriais sugerem que o aumento nesses estados está associado à Covid-19.

Conforme o estudo, em relação aos casos de síndromes gripais por COVID-19, no Acre, os dados por faixa etária e resultados laboratoriais apontam associação com o sinal de aumento nos casos de SRAG em geral.

Os estados do Norte, que foram os últimos a passar pelo ciclo recente de aumento de SRAG por Covid-19 – por volta da virada do ano –, mostram um sinal de possível interrupção e até indícios de queda. No entanto, como o período da análise vigente foi o da semana pré-Carnaval, eventuais internações que possam vir a ocorrer em decorrência de infecções no período só vão aparecer nas próximas semanas, como explica o pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.

“Entre a pessoa desenvolver os primeiros sintomas e surgir um quadro grave o suficiente para necessitar a internação, leva por volta de uma semana ou pouco mais de uma semana. Então, apenas nas próximas semanas poderemos começar a observar possíveis consequências em termos de internações. Por enquanto, ainda é efeito pré-Carnaval e início de 2024”.

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