O governador Gladson Cameli recebeu, na manhã desta quarta-feira, 28, a ligação do presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, que colocou à disposição do Estado a estrutura federal, por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, que tem como titular Waldez Góes.
A cheia dos rios do Acre tem causado danos à população. No último domingo, 25, Cameli decretou emergência em 17 cidades e, um dia após, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil reconheceu a portaria, o que possibilita ao Estado receber recursos federais e ajuda nos demais itens.
Na ligação, o governador destacou que tem unido esforços com as prefeituras das cidades atingidas, além de ter iniciado uma campanha de arrecadação, mas a demanda tem aumentado, sendo necessário também o apoio do governo federal.
Em resposta, Alckmin destacou que, após o reconhecimento de emergência, o governo federal vai entrar com ajuda financeira aos municípios atingidos.
Uma visita do ministro Waldez Góes também está sendo articulada. Nas dez cidades mais críticas, há 62 abrigos públicos, atendendo 5.960 pessoas desabrigadas. Além disso, há 8.516 pessoas desalojadas, ou seja, que foram para casa de familiares ou amigos.
Os municípios que estão em estado de emergência são Assis Brasil, Brasileia, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Feijó, Jordão, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Plácido de Castro, Porto Acre, Porto Walter, Rio Branco, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira, Tarauacá e Xapuri.
A situação mais crítica atualmente verifica-se em Brasileia, onde o Rio Acre chegou à marca de 15,56m, ultrapassando a cheia histórica de 2015, quando o rio alcançou 15,55m.
O município de Brasileia é um dos mais afetados pela cheia do Rio Acre até o momento; cerca de 75% da cidade já foi afetada. Atualmente, a cidade está isolada por via terrestre, e as pessoas só conseguem se locomover por meio fluvial; 15 instituições do município estão alagadas.