Situação de desastre grave. Assim classifica o chefe da Defesa Civil municipal, tenente-coronel Falcão, a respeito da cheia que já castiga centenas de pessoas em Rio Branco. Ainda na noite desta sexta-feira, 23, o manancial atingiu a cota de transbordo, que é de 14 metros, ultrapassando-a em mais de 80 centímetros na manhã deste sábado, 24.
O cenário de gravidade atual, segundo Falcão, é de mais de 60% relacionado à grande cheia de 2023, que deixou parte da cidade submersa e atingiu mais de 56 mil pessoas. “Nós estamos em uma situação bastante preocupante e que vem piorando a cada momento, infelizmente”, afirmou.
“O número de desabrigados tende a aumentar, haja vista tudo o que está acontecendo na bacia do Rio Acre, desde o Peru até o Purus. E aqui em Rio Branco nós sofremos todos os impactos dessa enchente”, afirmou o militar, que não descarta situação igual à vivida pelos rio-branquenses no primeiro semestre do ano passado.
“Esperamos que não, porém, nós lidamos com eventos naturais em que tudo pode acontecer”, frisa o coordenador. Quase 300 pessoas já foram obrigadas a deixar suas casas e se encontram em abrigos montados pelo poder público.
A previsão de mais chuvas para a região e a constante subida do nível do Rio Acre na capital deixa as autoridades alertas. A previsão é que, nas próximas 48 horas, o manancial chegue a 16 metros de profundidade, segundo o prefeito Tião Bocalom. “Choveu muito nas cabeceiras e tá descendo muita água. Isso nos preocupa”, afirmou o gestor.