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Ex-presidente do Conselho Regional de Psicologia é condenado a pagar R$ 7 mil às vítimas de assédio moral

A equipe que compunha a gestão do Conselho Regional de Psicologia do Acre (CRP-AC), pelo período equivalente aos anos 2022-2025, entregou os cargos, como forma de repúdio aos atos do então presidente, Cleibson André Nunes Torres, que foi acusado de cometer assédio moral contra funcionárias, tanto do Acre, quanto de Rondônia, já que os psicólogos dos dois estados pertencem a uma mesma comarca.

O então presidente foi condenado pelo Tribunal Regional do Trabalho a pagar uma indenização de danos morais a todas as reclamantes do processo, no valor de R$7 mil para cada uma delas.

Os responsáveis pelas funções, dentro do CRP, de coordenador titular, secretária titular, titular da Comissão Seccional de Orientação e Fiscalização, secretário suplente, suplente da Comissão Seccional de Orientação e Fiscalização e coordenadora suplente entregaram os cargos, devido a “constantes dificuldades na comunicação e dinâmica de trabalho em relação à Sede (localizada em Rondônia), com foco para as atitudes desrespeitosas e antiéticas do então presidente do Conselho Regional de Psicologia da 24ª Região”.

O trecho faz parte de um pronunciamento que está sendo veiculado entre pessoas ligadas ao CRP, e também explica a demora no posicionamento acerca do caso. De acordo com o texto, a equipe  estava aguardando a publicação, no Portal da Transparência, da ata que comunica a saída, que foi enviada para publicação em 30 de maio de 2023 mas publicada apenas 2 de fevereiro de 2024.

Em nota de repúdio, a equipe diz que revela ainda mais uma situação relativa aos abusos cometidos por Cleibson, onde, durante uma oficina de gestão integral e gerenciamento de riscos, emergências e desastres, nos dias 3 e 4 de abril de 2023, o então gestor, em “completo abuso de poder, tomou o aparelho celular das mãos de um dos membros da comissão, sem a sua devida autorização, com a finalidade esdrúxula de averiguar se os integrantes da comissão conversavam alguma coisa a seu respeito por meio de aplicativo de mensagens.“

O documento ainda frisa que as ações de Cleibson André feriram preceitos do código de ética da profissão. “O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” reforça trecho da nota.

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