A família do idoso Osvaldo Francisco dos Santos, de 60 anos, denuncia uma série de negligências ocorridas nos serviços de saúde da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito e do Pronto Socorro de Rio Branco. Eles alegam falta de cuidado e atenção por parte dos profissionais de saúde, resultando em consequências sérias para os pacientes.
Os relatos começam com a entrada do idoso na UPA, na última sexta-feira, 26, em estado grave, apresentando sintomas de vômitos com presença de sangue. Segundo a sobrinha Luana da Silva Santos, após realizarem exames, os médicos da UPA descartaram qualquer diagnóstico significativo e optaram por liberar Osvaldo sem internação ou investigação mais aprofundada. De acordo com os familiares, o idoso tinha histórico de problemas estomacais.
“Aí quando foi no domingo [27], minha irmã trouxe ele para o pronto-socorro e foi ser operado ontem, na quarta-feira [31]. Por conta da demora, ele teve complicações na cirurgia. Eles pediram aqui no PS para ele fazer uma ultrassom aí tinha que ficar com a bexiga cheia, aí quando eles viram a ultrassom eles acharam que o tio não estava fazendo xixi e queria por uma sonda, sendo que foi o médico que pediu para ficar com a bexiga cheia. Já iam começar a errar daí, colocando a sonda sem ele tá precisando eu que não deixei. Meu tio estava com gastrite e por conta da demora, teve um rompimento e infeccionou por dentro por falta de ser atendido logo”, contou Luana.
Erro na entrega de material
Após a cirurgia, o idoso foi internado na UTI do PS. A família relata também o incidente em que foram entregues a eles materiais de exame de outro paciente em vez dos de Osvaldo. Este erro, segundo os denunciantes, é uma prova adicional da falta de organização e responsabilidade dentro das instituições de saúde.
“Vim no Pronto Socorro buscar a amostra do material para fazer a análise do meu tio e me deram a ficha errada, de outro paciente, e o material errado. Fui levar no laboratório, mostrei para eles que estava errado, eles disseram que se eu quisesse fazer, se tivesse certeza que era do meu tio, eu podia fazer. Mas, eu falei que não queria fazer, porque não tinha certeza. Um erro gravíssimo, porque eu podia fazer o exame com material de outro paciente. E quando o outro paciente fosse procurar também o material dele, não ia estar mais lá, porque entregaram para outra pessoa. É irresponsabilidade do Pronto Socorro”, reclamou Luana.
A sobrinha contou que voltou ao hospital para reclamar da situação com a direção e que foi informada de que não houve erro. “Voltei lá na UTI, e eles ficaram correndo atrás de conseguir a assinatura do médico pra me dar outro pedido, porque eles tinham dado fim no pedido de exame do meu tio.”
A família planeja buscar medidas legais para responsabilizar os envolvidos pela suposta negligência, buscando justiça. A reportagem entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) para obter esclarecimentos sobre o assunto, mas até o momento não obteve resposta.