O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça Cível de Tarauacá, em parceria com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF) e a Vigilância Sanitária, realizou nesta quarta-feira, 21, uma operação de fiscalização em um frigorífico do município e na cozinha industrial de uma empresa. A ação resultou na apreensão de 170 quilos de carne considerada inadequada para consumo.
Durante a operação, foram encontradas irregularidades nos dois locais. A empresa fornece alimentos para o Sistema Prisional em Tarauacá.
A carne apreendida na cozinha industrial incluía produtos suínos, bovinos e de frango, sem selos de identificação e armazenamento inadequado, tornando os produtos impróprios para consumo.
O promotor de Justiça Júlio Cesar de Medeiros acompanhou as vistorias, juntamente com uma equipe do Núcleo de Apoio Técnico (NAT), órgão auxiliar do MPAC, a pedido da Promotoria de Justiça Criminal de Tarauacá.
Segundo o promotor, o MPAC recebeu denúncias relacionadas à qualidade da alimentação fornecida para a Unidade Prisional.
Na cozinha industrial, foram encontradas diversas irregularidades, desde o preparo dos alimentos até o armazenamento. Funcionários foram flagrados sem o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), além de problemas sanitários identificados no descarte de resíduos. A carne estava sendo armazenada inadequadamente, inclusive com risco de contaminação cruzada.
A empresa terá que corrigir as falhas apontadas nos prazos estabelecidos. As carnes apreendidas foram recolhidas e encaminhadas para descarte.
Já no frigorífico, a vistoria conjunta realizada pelo MPAC e IDAF constatou que a parte interna apresenta condições adequadas no processo produtivo de abate. Também foram identificados problemas na parte externa, como a presença de cães, acúmulo de lixo e, principalmente, o descarte inadequado de resíduos nas lagoas de decantação.
Outro problema encontrado é que o sistema de tratamento dos efluentes está deficiente, causando impactos ambientais significativos. A empresa será notificada com um relatório detalhado, e o Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) será acionado para tomar as providências necessárias.