Dados do Monitor de Secas apontam que a estiagem severa que castigou grande parte da Amazônia, em 2023, atingiu 100% do território acreano.
O fenômeno, que já dava sinais de intensificação desde julho, se alastrou por todo o Acre em setembro, de forma fraca a moderada, a depender das regiões.
No mês seguinte, a situação se agrava, sobretudo, no norte do estado, que experimentou seca extrema, segundo o relatório. Nesse período, todo o território do Acre esteve entre seca moderada a extrema.
Em novembro, houve o avanço da seca grave no sudeste acreano, e, em dezembro, registrou-se o alastramento dessa classificação para quase todos os municípios do estado.
Além do Acre, tiveram seca em sua totalidade os territórios do Amazonas, Rondônia, Roraima e Tocantins. Nesse período, vários rios experimentaram diminuição anormal de suas águas, afetando a vida de milhares de famílias.
Segundo especialistas, o fenômeno é um reflexo do El Niño, quando ocorre o aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico, que banha, por exemplo, o Peru, que faz fronteira com o Acre.
O evento acontece em intervalos de tempo que vão de cinco a sete anos, porém, tem se intensificado nos últimos anos devido as mudanças climáticas.