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Após morte de idosa, associações dizem que ocorrência iniciou com ‘desacato e tratamento hostil’

A Associação dos Militares do Acre (AME) e a Associação dos Praças da Polícia Militar (Aprapmac) se manifestaram após a morte da idosa Maria José Pereira, 67 anos, que passou mal ao ter a casa invadida por policiais militares sem mandado judicial.

O caso ocorreu no último dia 8 e a vítima morreu nessa terça-feira, 13, no Pronto Socorro de Rio Branco. A idosa era tia do goleiro do Palmeiras, acreano Weverton.

Segundo denúncia da família e vídeos que circulam em redes sociais, a PM teria invadido a casa sem mandado judicial e usado spray de pimenta conta Maria José e também contra crianças que estavam no local. Após a confusão, a idosa passou mal, foi levada para a unidade hospitalar, mas não resistiu. O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais.

Em nota, as instituições de classe alegam que a ocorrência iniciou após um “um desacato grosseiro e tratamento hostil à guarnição policial.” As associações também citam que os militares envolvidos na ação têm “histórico ilibado” e afirmam confiar na Justiça.

O Comando-Geral da Polícia Militar do Acre afirmou que a Corregedoria da instituição está tomando as medidas legais cabíveis ao caso, inclusive com instauração de Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a conduta dos policiais envolvidos na citada ocorrência.

Veja nota na íntegra:

A Associação dos Militares do Estado do Acre (Ame Acre) e a Associação das Praças da Polícia Militar do Acre (Aprapmac) vêm por meio desta nota manifestarem sobre os fatos ocorridos no último dia 08 de fevereiro, e amplamente divulgados nos últimos dias em decorrência do desfecho trágico, onde militares de histórico ilibado são acusados, e publicamente expostos sem ao menos serem reservados a eles o direito do contraditório e da ampla defesa.

E para restabelecer a verdade, informamos que a noticiada ocorrência que culminou no fato, iniciou-se de um desacato grosseiro e tratamento hostil à guarnição policial, fato que será devidamente apurado pela Justiça, cabendo a todos envolvidos os direitos constitucionais de ampla defesa e da presunção da inocência e não o contrário.

Vivemos tempos sombrios em que a parte da sociedade é constantemente incitada por alguns a se insurgirem contra as ações policiais, fato que tem produzido ocorrências com desfechos desagradáveis, causando problemas e transtornos a todos e sensibilizando ainda mais a defesa da sociedade pelos agentes de segurança.

Como Entidades Representativas e membros da sociedade acreana buscaremos e zelaremos pela ordem e paz social, e para este fim, esperamos que em situações como a ocorrida, deve-se primar sempre pela incansável busca pelo bom e respeitoso diálogo, sem  intimidações e ou tratamentos agressivos, em respeito mútuo, sobretudo ao agente policial que conduz a ocorrência, cuja conduta sempre será alvo de investigação, não necessitando da outra parte reagir ao que julgam injusto, afinal, pra isso temos a Justiça.

Sabemos e confiamos que a Justiça será feita e os fatos serão devidamente esclarecidos. E por isto seguiremos defendendo intransigentemente os direitos e prerrogativas de qualquer profissão, sobretudo dos nossos sócios, direito este que tem sido vilipendiado diuturnamente por aqueles que se julgam superiores a autoridade que está na condução da ocorrência.

Por fim, nos solidarizamos com a família da senhora Maria José, irmã do Tenente RR José de Jesus Pereira, rogando o conforto celestial aos corações pesarosos.

Kalyl Moraes de Aquino – Presidente da Associação dos Militares do Acre (Ame Acre)

Jean Messias Freire de Souza – Presidente da Associação das Praças da Polícia Militar do Acre (Aprapmac)

Categories: POLICIA
Da Redação: