Após a Justiça de Rio Branco interditar, nesta semana, a creche particular Recreação Kids, acusada de maus-tratos contra crianças, vieram à tona detalhes sobre as supostas violências cometidas. Reportagem veiculada nesta quarta-feira, 21, pelo g1, traz o depoimento anônimo de uma mãe cuja filha, de apenas dois anos, teria sofrido abusos físicos e psicológicos por parte da proprietária da instituição.
A violência, que teria sido praticada também contra outros meninos e meninas, envolve aprisionamento em cadeiras, cascudos, arranhões no rosto, gritos e castigos. O Ministério Público do Acre (MPAC) constatou os abusos, classificando-os como “graves”, e entrou com pedido de liminar na justiça pedindo o fechamento do espaço, localizado no Bairro Jorge Lavocat.
A bebê da denunciante frequentou a creche durante seis meses, em 2023. O sinal de alerta da mãe acendeu quando a filha passou a sentir medo ao ver a dona do espaço, que se declara evangélica e serva de Deus. Foi então que a mãe resolveu procurar uma cuidadora que havia pedido demissão do emprego e obteve os relatos das agressões.
Juntas, elas conseguiram imagens que foram usadas pelo MPAC como provas para pedir a interdição do espaço. “Ela [ex-funcionária] disse que só não denunciou porque não tinha provas. Perguntei se ela tinha alguma pessoa de confiança que pudesse registrar essa situação e ela falou que tinha. Daí uma outra funcionária começou a filmar”, diz a mãe.
Outras duas mulheres que tinham filhos matriculados na creche também encorparam as denúncias. A partir daí, elas passaram a receber imagens de pequenos dormindo no chão e recebendo castigos. Há relatos, ainda, de crianças urinando de medo por conta dos gritos. O marido da dona da creche também é alvo das denúncias.
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