A caçada aos detentos do Acre, que fugiram do presídio de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte, continua. De acordo com uma das vítimas feita de refém pelos criminosos, nesta sexta-feira, 16, eles teriam usado o celular da família para fazer ligações ao Rio de Janeiro, e perguntarem se estavam longe do litoral e como poderiam chegar ao Ceará.
Segundo a polícia, Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça mantiveram a família como refém por cinco horas. As informações, repassadas por uma das vítimas aos investigadores, foram confirmadas por fontes no Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Em sua estadia na casa, os fugitivos pegaram um dos celulares disponíveis para fazer chamadas. A vítima disse à polícia que uma das pessoas com quem falaram tinha sotaque carioca e disse estar no Rio de Janeiro.
Para Victor Santos, secretário da Segurança Pública do Rio, os fugitivos pretendem chegar às favelas cariocas, sob o domínio do Comando Vermelho, mesma facção criminosa deles.
Ainda durante a invasão, os detentos perguntaram aos reféns como chegar ao Ceará, se estavam longe do litoral e se havia bloqueios de policiais no entorno. A localização do imóvel está no perímetro de 15 km das buscas da investigação —eles já haviam sido vistos por moradores nessa mesma área, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Ainda de acordo com o relato de uma das vítimas, os fugitivos pediram para que a televisão fosse ligada e para ter acesso às redes sociais para acompanhar as notícias sobre a fuga.
Seguiram a pé
Um detalhe importante repassado pela família é o fato de que Deibson e Rogério não pediram dinheiro aos reféns e optaram por seguir a fuga a pé, ainda que houvesse um carro e uma moto no local.
Um deles estava com uma calça azul com as mesmas características do uniforme do presídio, ambos usavam boné e estavam com aparência suja.
Com informações da UOL