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Foto mostra buraco na cela por onde detentos do Acre fugiram da penitenciária de Mossoró; veja

A perícia no presídio federal de Mossoró, situado no interior do Rio Grande do Norte, terminou nesta sexta-feira, 16. A inspeção investiga a fuga de dois presos, que haviam sido transferidos em setembro de 2023 do Acre, ligados ao Comando Vermelho. Dentre as fotos feitas pelos peritos, uma mostra o buraco na parede da cela por onde a dupla teria escapado há dois dias.

Considerados presos de “alta periculosidade”, Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça fugiram da unidade de segurança máxima por volta das 3h30 da quarta-feira, 14. Desde então, eles se encontram foragidos com os nomes incluídos na lista de difusão vermelha da Interpol. Forças de segurança fazem uma varredura no entorno do presídio em busca dos detentos.

Por onde os acreanos fugiram (Foto: O Globo)

Os presos arrancaram uma parte metálica onde ficava a iluminaria da cela, por onde subiram até o teto da penitenciária e acessaram uma espécie de shaft, uma abertura entre as paredes por onde passam tubulações de água e ventilação. Depois, eles atravessaram um tapume que cobria um canteiro de obras, de onde arranjaram um alicate. O presídio passava por uma obra de readequação no pátio onde ocorre o banho de sol.

A ferramenta foi utilizada para cortar o alambrado e fazer uma passagem para fora do presídio.

Na hora da evasão, algumas câmeras de segurança e lâmpadas não estavam “funcionando adequadamente”, segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Isso fez com que os guardas só detectassem a fuga uma hora e meia depois quando conferiram a cela vazia. Lewandowski também disse que naquele momento os servidores estavam “mais relaxados” em razão do feriado de carnaval.

Uma investigação foi instaurada pela Polícia Federal para apurar se a fuga foi realizada com a ajuda de algum agente penitenciário ou operário da obra. O ministro da Justiça determinou o afastamento da atual direção do presídio e nomeou um interventor para administrar o local, enquanto o inquérito não for concluído.

Além de fazer o exame da cela, os peritos recolheram objetos com material genético para saber se mais alguém acessou o local onde os presos estavam abrigados.

Com informações do O Globo

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