O réu Francisco Pereira Arirama foi condenado a mais de 14 anos de prisão por tentativa de homicídio ocorrida em outubro de 2019 na cidade de Epitaciolândia, interior do Acre. Ele passou por júri popular na última segunda-feira, 26.
Por conta da enchente que atinge a cidade, o julgamento foi realizado no auditório do Sindicato dos Trabalhadores da Educação no Acre (Sinteac).
Conforme o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), a titular da unidade judiciária, juíza Joelma Nogueira, entendeu por bem manter a realização dos três júris previstos para essa semana, considerando toda a logística empreendida para a realização da sessão de julgamento, a importância de encerrar processos que são antigos, os quais as famílias aguardam por resposta da Justiça e, em consequência disso, a manutenção das metas de produtividade da vara.
Segundo as informações do processo, a vítima estava na varanda de sua casa mexendo no celular, quando chegou um homem em uma motocicleta de origem boliviana. Ao chamá-lo, ele realizou um disparo com arma de fogo, que acertou o maxilar da vítima e depois outro na região peitoral. A vítima foi socorrida pelos vizinhos e sobreviveu.
Ao analisar o caso, os jurados compreenderam que se trata de um homicídio tentado qualificado por recursos que dificultou a defesa da vítima e motivação torpe. Conforme a denúncia, o crime foi motivado por guerra de facção criminosa.
Os tiros causaram lesões sérias na vítima, que ficou com deformidade permanente no rosto e o impedimento de realizar a mastigação de forma adequada.
Ainda segundo o TJ-AC, o réu possui antecedentes criminais, já tendo sido condenado por cinco vezes anteriormente. Além da pena de 14 anos e 7 meses de reclusão, em regime inicial fechado, Francisco Arirama não poderá recorrer em liberdade e também foi condenado a pagar uma indenização no valor de R$ 14,2 mil.