O prefeito de Rio Branco Tião Bocalom não vai mais ao ato mobilizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), marcado para este domingo, 25, na Avenida Paulista, em São Paulo. O motivo é a cheia repentina do Rio Acre, que já deixou pelo menos 270 pessoas desabrigadas até o momento.
“Vamos continuar aqui fazendo tudo o que for possível para diminuir o sofrimento das pessoas que já começaram a ser retiradas de suas casas. Se o rio continuar enchendo, evidentemente iremos precisar retirar muito mais”, lamentou o gestor.
“Estamos todos empenhados em salvar vidas e diminuir o sofrimento da população”, reforçou Bocalom, que não deve ficar muito tempo sem ver o aliado, uma vez que Bolsonaro deve vir ao Acre em meados de março para participar de sua filiação ao Partido Liberal.
O prefeito de Rio Branco, que esteve filiado ao Progressistas por anos, deixou o partido após ser rifado pela executiva municipal de disputar a reeleição pela legenda. Em seu lugar, o PP lançou o atual secretário de estado de Governo (Segov), Alysson Bestene.
A possível vinda de Bolsonaro ao Acre foi facilitada pelo senador Márcio Bittar, do União Brasil. O parlamentar, cujo filho, João Paulo, preside o PL em Rio Branco, fez o convite a Bocalom para que se filiasse ao partido do presidente, que está sendo investigado por instigar golpe de estado durante as eleições presidenciais de 2022.