Devido à cheia do Rio Acre, o prefeito Tião Bocalom anunciou nesta segunda-feira, 26, a liberação de R$ 2 milhões, de recurso próprio, para a assistência às famílias atingidas pela enchente. A capital acreana tem mais de 50 mil pessoas afetadas pelas águas do manancial.
Conforme o prefeito, esse valor deve ser destinado para a compra de sacolões, colchões e kit de higiene.
“A prefeitura já disponibilizou R$ 2 milhões para a aquisição de alimentos, colchões, enfim, para assistência aos desabrigados. Ano passado, nós gastamos, aproximadamente, R$ 50 milhões, sendo R$ 30 milhões para recuperar as ruas, as vias que foram danificadas pelas enchentes. Nós usamos ainda R$ 7 milhões para poder comprar os bens para as famílias, como geladeira, televisão, camas, essas coisas, e usamos mais R$ 5 milhões para poder dar suporte aos micro e pequenos empresários e produtores rurais”, disse Bocalom.
Segundo dados da Defesa Civil Municipal, Rio Branco está com 10 abrigos montados, onde se encontram cerca de 200 famílias, totalizando uma média de 650 pessoas desabrigadas. Além disso, há cerca de mil pessoas que precisaram deixar suas casas e foram para casas de parentes.
Cerca de 37 bairros e 15 comunidades rurais estão atingidos pela enchente do Rio Acre e enxurrada dos igarapés na capital. Nas últimas 24 horas choveu um acumulado de 41 milímetros e, com isso, o nível do Rio Acre subiu 46 centímetros. Na medição das 6h desta segunda-feira, 26, o rio chegou a 15,92 metros, ou seja, quase dois metros acima da cota de transbordo.
Nesta segunda, o prefeito assinou o decreto de Situação de Emergência, que deve ser publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE). Após coletiva, Bocalom seguiu para Brasília, onde tem uma audiência marcada com o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.
“O ministro Waldez Góes me ligou ontem [domingo, 26], querendo saber como estava a situação, expliquei para ele e disse para ele que hoje, segunda-feira, a gente estaria decretando Situação de Emergência. A gente sabe que esse momento é um momento difícil, crítico para as famílias. A prefeitura de Rio Branco já está atuando e cuidando das pessoas que foram desabrigadas, até esse momento, em 10 abrigos. Não temos deixado faltar absolutamente nada. O dinheiro federal será muito bem-vindo, agora a gente sabe sempre que tem uma burocracia um pouco maior, demora um pouco mais. E por isso eu determinei mais R$ 2 milhões a partir de hoje”, concluiu.