O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciaram, nesta semana, que o Brasil conseguiu captar, no ano passado, R$ 726 milhões em recursos internacionais destinados ao Fundo Amazônia.
O mecanismo havia sido interrompido no início do governo Bolsonaro (PL), que decidiu não cumprir as regras para o uso da verba, fazendo com que os países parceiros interrompessem os acordos para compensação ambiental e climática.
Agora, com o retorno do fundo, projetos de atividades produtivas sustentáveis realizadas no Acre e em outros seis estados da Amazônia brasileira poderão ter o aporte financeiro necessário para sair do papel ou crescer.
O valor captado em 2023 foi o maior desde 2009. O Reino Unido foi o principal financiador, com R$ 497 milhões. A Alemanha vem em seguida, com R$ 186 milhões. Suíça (R$ 28 milhões) e Estados Unidos (R$ 15 milhões) também doaram.
Além desses recursos, o Brasil tem R$ 3,1 bilhões previstos para doações para os próximos anos. O intuito é alavancar a economia sustentável amazônica como forma de evitar ainda mais impactos à maior floresta tropical do planeta.
Em 16 anos de existência, o mecanismo já investiu em mais de 211 terras indígenas e 196 unidades de conservação, beneficiando 241 mil pessoas.
Em 2019, no governo Bolsonaro, o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pôr fim aos comitês de gestão dos recursos do fundo, rompendo o que havia sido acordado, em contrato, com os países parceiros. Desde lá, o Fundo Amazônia ficou congelado, retornando após a volta das tratativas por parte do atual presidente Lula (PT).