A desclassificação da Miss Acre CNB 2023, Carla Cristina, para a etapa nacional da disputa, apenas pelo fato de ela ser mãe, reverberou não apenas na imprensa nacional, mas também no meio político. Feminista, a deputada federal pelo Rio de Janeiro, Talíria Petrone (PSol), lamentou o ocorrido e manifestou solidariedade à jovem de 20 anos.
“É uma piada pronta que esses eventos que reforçam os estereótipos ainda tenham pensamentos e regras tão retrógradas. Meu repúdio a essa ação da CNB e espero que possam repará-la”, disse a parlamentar, referindo-se, possivelmente, aos prejuízos que Carla teve após ser vetada do Concurso Nacional de Beleza.
O caso, ocorrido na primeira semana de fevereiro, ganhou destaque nacional. G1, O Antagonista, CNN Brasil, O Tempo, Diário do Nordeste, Terra, Rádio Itatiaia, O Globo, UOL e Metrópoles foram alguns dos sites que repercutiram a polêmica envolvendo a organização do CNB 2024.
Natural de Cruzeiro do Sul, interior do estado, Carla afirma que informou à equipe que é mãe, e não teria obtido negativa para sua participação no concurso. Ela chegou a desembolsar R$ 5 mil apenas para quitar a inscrição, precisando vender as próprias roupas e comida para levantar o valor.
“Eu sempre postei que era mãe e eu perguntei não só uma, nem duas, mas várias vezes. Me pediram para não expor o motivo real. Esperaram eu pagar R$ 5 mil para retirarem meu título”, disse, em vídeo gravado para as redes sociais. A CNB respondeu que apenas segue regras estabelecidas desde 1951.