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Marcius Melhem é denunciado por violência psicológica contra mulheres

© YouTube/Marcius Melhem

O Ministério Público de São Paulo denunciou o comediante Marcius Melhem e o jornalista Ricardo Feltrin por perseguição e violência psicológica contra mulheres. As vítimas acusam o ex-diretor da Globo de assédio sexual e moral.

Apresentada no final de fevereiro, mas só agora divulgada pela imprensa, a denúncia alega que os dois usaram suas redes sociais para cometer esses supostos delitos. O comediante já é réu na Justiça do Rio de Janeiro por assédio sexual contra três de suas denunciantes.

A acusação

“Marcius Melhem e Ricardo Feltrin, com vontade livre e consciente, perseguiram – e promoveram perseguição por terceiros não identificados –, reiteradamente, as vítimas”, acusou o MP, segundo revelação do colunista Guilherme Amado nesta quarta (20/3). A denúncia acrescentou que a perseguição aconteceu “por razões da condição do sexo feminino, ameaçando sua integridade física e psicológica, e perturbando suas esferas de liberdade e privacidade”.

Para o Ministério Público, Marcius Melhem violou direitos fundamentais das mulheres que o denunciaram por assédio. “Ao agir de forma desproporcional ao alegado agravo, Melhem exerceu de forma abusiva seu direito de defesa pública, violando direitos fundamentais das vítimas. O direito de defesa pública logo se revelou um verdadeiro exercício raivoso – e lucrativo, como se verá adiante – de vingança”, apontou o órgão.

A investigação, aberta em agosto do ano passado pelo MPSP, tem em sua mira alguns vídeos que o famoso publicou em seu canal do YouTube para rebater as acusações feitas por Dani Calabresa e outras ex-colegas de trabalho com quem ele conviveu na Globo. Nas gravações, ele expôs trocas de mensagens antigas com as mulheres.

Desdobramento

De acordo com a juíza Luciane Jabur, do Tribunal de Justiça de São Paulo, a investigação tem uma ligação forte com o processo que Marcius Melhem enfrenta por assédio sexual. Por conta disso, no último dia 14, a denúncia foi enviada para análise do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, onde tramita a ação original.

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