O número mágico de 10 mil passos por dia tem presidido nos conselhos de atividade física por décadas. Agora, no entanto, uma nova pesquisa propõe que muito menos passos podem ser suficientes para uma vida mais saudável e mais longa.
A pesquisa analisou os hábitos de caminhada e a saúde geral de mais de um milhão de pessoas no Reino Unido e na África do Sul. Isso ao longo de uma década. O estudo teve realização da seguradora Vitality, em colaboração com a London School of Economics.
Os pesquisadores descobriram que caminhar apenas 5.000 passos, três dias por semana, pode aumentar a expectativa de vida em três anos.
Benefícios particularmente significativos para os idosos
Embora os impactos positivos de caminhar mais fossem evidentes em todos os grupos etários, as pessoas mais velhas se beneficiaram mais.
Os indivíduos com mais de 65 anos que caminharam mais de 7.500 passos três vezes por semana eram pelo menos 52% menos propensos a morrer prematuramente.
O benefício foi significativamente maior do que os 38% observados naqueles com idades entre 45 e 65 anos e a redução de 27% para a população em geral.
Aumentar a expectativa de vida com a manutenção do hábito
A pesquisa, portanto, mostrou que a manutenção do hábito de caminhar era fundamental para manter as pessoas em boa saúde.
Caminhar pelo menos 5.000 passos três vezes por semana durante dois anos pode aumentar a expectativa de vida em 2,5 anos para os homens. E três anos para as mulheres.
Ainda mais, aqueles que conseguem manter um hábito de 10.000 passos três vezes por semana, durante três anos, podem reduzir seu risco de diabetes tipo 2 em até 41%.
Se o número de caminhadas for aumentado para quatro ou mais vezes por semana, a chance de desenvolver a doença cai ainda mais, por 57%.
“Intervenções bem-sucedidas baseadas em hábitos podem prolongar a esperança de vida, (…) melhorar a produtividade e ajudar a enfrentar os desafios significativos a longo prazo colocados pela saúde mental, pelo isolamento social e pelas doenças não transmissíveis, como o diabetes tipo 2”, disse o professor Joan Costa-Font, da London School of Economics.
Fonte: Catraca Livre