As ações de assistência e suporte às famílias atingidas estão ocorrendo em todas as cidades castigadas pela enchente no estado, que já é considerada o maior desastre ambiental devido ao número de municípios atingidos, 19 dos 22. Equipes do governo estadual foram enviadas a todas as regionais e envolvem todas as secretarias, além dos órgãos de Proteção e Defesa Civil.
Um balanço feito pela Casa Civil, que reúne todo o recurso humano e outro recursos empregados nessas ações, mostra que, em 15 dias, foram entregues quase 69 toneladas de cestas básicas para atender à população. Além disso, houve estrutura empregada com maquinário, montagem de abrigos e reforço de pessoal. Os dados são atualizados diariamente, já que as ações continuam ocorrendo.
Em todas cidades atingidas pela cheia o governo do Acre enviou em cestas básicas 68,9 toneladas de alimentos e também foram entregues mais de 253 mil litros de água mineral. Foram enviados ainda 563 quilos de frango e alimentos por meio da Secretaria de Agricultura (Seagri), somando mais de 3,2 mil quilos em suprimentos, como peixe, verdura e legumes.
As ações chegam também às terras indígenas, em municípios isolados, por meio da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi), que montou kits família de 60 quilos e já contabiliza o envio de 24 toneladas de alimentos somente para as terras indígenas. O balanço contabiliza ainda kits de limpeza, que totalizam 1.880 e ainda itens de higiene pessoal.
Para coordenar as ações, foram escolhidos secretários de pastas e presidentes de autarquias. Desta forma, o Estado se torna presente para apoiar as prefeituras na tomada de decisões e socorro às vítimas. Ao todo, a Defesa Civil contabiliza mais de 120 mil famílias atingidas em todo o estado.
Mesmo com os rios em vazante, o trabalho não para. O coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Batistas, disse que o momento ainda é de aguardar que esses rios cheguem à sua calha normal, que é abaixo da cota de alerta para o devido retorno das famílias para suas casas.
“Mas antes disso, tem toda uma preocupação em relação à desinfecção, desinfestação dessas residências, vistorias técnicas para saber como se encontram as condições estruturais dessas residências para que as famílias voltem com segurança. E também o trabalho que está sendo feito agora pelas prefeituras é a produção dos planos de trabalho de restabelecimento”, pontua
Estar presente
Até nos locais de difícil acesso o governo tem sido presente. Na terça-feira, 5, o governador Gladson Cameli conduziu uma missão humanitária à Aldeia Indígena Jatobá, no Alto Rio Iaco, localizada no município de Assis Brasil.
“Fiz questão de estar presente aqui, nessa ação conjunta entre Estado, União e Município. Estou vendo e acompanhando de perto a situação que os povos tradicionais dessa região estão enfrentando. Toda a estrutura governamental está à disposição, principalmente para o período pós-enchente”, disse.
Diariamente e a todo instante, o governo envia recursos estaduais no apoio às gestões. O governador Gladson Cameli já destacou que o momento agora é de união e de atender, de maneira rápida, as pessoas que estão precisando.
O chefe do Executivo também tem feito questão de ir in loco para analisar a peculiaridade de cada uma das regiões.
“Não há momento para ter qualquer diferença política nesse momento. Nós temos que cuidar das pessoas. E todas as nossas equipes, tanto das prefeituras, como do Estado, estão alinhadas e dialogando. Nossa situação não é fácil, nós não temos tempo a perder. Estou indo nas comunidades mais distantes para ver de perto, porque tem também a questão da agricultura, que tudo aquilo que plantaram perderam”, reforçou o governador.
Fonte: Agência de Notícias do Acre