Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) apontam que, em 2023, o Acre foi o segundo estado mais violento para mulheres. A taxa de feminicídio na unidade federativa foi de 2,4 mortes para cada 100 mil habitantes, número superior à média nacional, de 1,4 casos.
No ranking, o estado perde apenas para o Mato Grosso (2,5) e está empatado com Rondônia e Tocantins. No ano passado, foram cometidos 10 crimes tipificados como feminicídio no Acre, contra nove registrados em 2022 – um aumento de 11%.
“Considera-se feminicídio quando o crime decorre de violência doméstica e familiar em razão da condição de sexo feminino, em razão de menosprezo à condição feminina, e em razão de discriminação à condição feminina”, informa o estudo.
A lei do feminicídio foi sancionada em março de 2015. De lá para cá, quase 100 mulheres foram assassinadas no Acre em razão da condição de gênero.
Quando analisados os casos de homicídio doloso contra mulheres, que não são tipificados como feminicídio, foram registrados, desde 2015, mais de 130 casos no Acre.
Os números oficiais, no entanto, podem ser menores que os reais, devido à subnotificação de casos, conforme aponta o Fórum.